A partir desta semana, há novas razões para passeios ao ar livre no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, pulmão verde que soma 13 hectares de dimensão e que integra a lista de Património da Humanidade da UNESCO. A Estufa Fria deste jardim, que nos últimos anos tem estado interdita ao público, na sequência de reparações na infraestrutura, na iluminação e no abastecimento de água, está agora renovada e reabre à comunidade este sábado, dia 16 de novembro.
A boa nova procurou “melhorar as condições e a experiência de visita”, explica a Universidade de Coimbra em comunicado e a reabertura traz “novas espécies de plantas e novos conteúdos expositivos que conta a história da flora que vive neste espaço”.
Rodeada por uma cascata e um pequeno riacho que atravessa toda a estrutura, a Estufa Fria é coabitada por plantas adaptadas a ambientes húmidos e sombrios. São exemplos disso mesmo o xaxim, feto arbóreo natural do sul brasileiro, e que pode alcançar dez metros de altura; ou a cica-africana, natural de Madagáscar e da Costa Oriental Africana, que está presente neste espaço desde a década de 1960, trazida para Coimbra da cidade moçambicana de Quelimane.
A Estufa Fria surgiu há oito décadas, sendo projetada pelo arquiteto e cineasta português Cottinelli Telmo no final dos anos 1940, sob a direção do botânico, professor e taxonomista português Abílio Fernandes, então diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. A sua reabertura ao público coincide com o final das celebrações dos 250 anos da fundação deste mesmo jardim.
Para este sábado, pelas 14h30, está preparado uma visita guiada ao espaço, aberto a todos, e intervenções de Teresa Girão, diretora do Jardim Botânico, e de Alfredo Dias, vice-reitor da Universidade de Coimbra para o Património, Edificado e Turismo. As entradas serão sempre gratuitas e a nova estufa pode ser visitada todos os dias, sempre entre as 9h e as 17h30.
