Até que a Vida nos Separe é a nova série “sem vilões” da RTP

Até que a Vida nos Separe. (Fotografia: DR)
O amor é o tema central desta série, a ser exibida, ao longo de oito semanas, nas noites de quarta da RTP1.

Uma história sem “vilões e onde todos dão o seu melhor”. É assim que a RTP1 apresenta “Até que a vida nos separe”, a primeira série portuguesa que o canal público estreia este ano e que traz ao ecrã “histórias originais e contemporâneas, todas elas unidas por algo mágico: o amor”.

O enredo faz lembrar as boas comédias da época de ouro do cinema nacional: conta como os elementos de três gerações de uma família, os Paixão, olham – e lidam – com o amor e as relações que ele promove. As suas visões podiam ser bem próximas de todos nós, não fossem elas moldadas, seja para o bem seja para o mal, por um compromisso que todos têm com aquele nobre sentimento… mas também com o negócio do clã: a organização de casamentos.

Tudo começa na quinta que os Paixão gerem e onde organizam as cerimónias. O negócio não corre bem. Para Vanessa e Daniel, os pais, o amor parece ter chegado ao fim. Após vinte e tal anos, o casamento está por um fio. Já Luísa e Joaquim, os avós, são inseparáveis e donos de um amor sem igual. Os mais novos, Rita e Marco, têm, cada um, uma visão muito própria de amar. Apesar de procurarem soluções para si e para a família, a vida teima em separá-los de finais felizes.

“Se fizermos uma série sobre um casal que organiza casamentos, mas cujo próprio está em risco de ruir, temos aí um conflito e uma ironia dramática que é fascinante de explorar”, diz Tiago R. Santos, um dos autores da trama, ao lado de Hugo Gonçalves e João Tordo. “Todos nós estamos já na idade dos 40 e poucos e quisemos falar, acima de tudo, de relações, de pessoas que tentam fazer o melhor que podem e tentam dar o melhor de si aos outros. Muitas vezes, conseguem. Mas muitas vezes não têm sucesso”, explica. O objetivo, refere o trio em comunicado, passa por “refletir sobre as relações amorosas e familiares – o indefinível que nos une, mas também as forças invisíveis que nos separam”. “Esta série segue na linha que nós, os três autores, definimos para os projetos criados em conjunto: histórias originais e contemporâneas que oscilam entre o drama e a comédia, marcadas por alguma irreverência e, pontualmente, encontrando aquele realismo mágico que transforma a vida mais banal num momento épico”, explicam. “O desempenho singular e a entrega criativa de um talentoso elenco de atores transformaram os Paixão numa família real e próxima de todos nós, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a vida os una ou os separe”, completam. Desse elenco fazem parte, nos principais papéis, Rita Loureiro, Dinarte Branco, Henriqueta Maya, José Peixoto, Madalena Almeida e Diogo Martins. Além destes, “Até que a vida nos separe” conta com participações especiais de Albano Jerónimo, Teresa Tavares, João Pedro Jesus, Isabela Valadeiro, Catarina Gouveia, João Vicente, Tomás Alves, André Gago, entre outros.

“Só queríamos mesmo falar de amor”
O realizador, Manuel Pureza, acredita que “a grande vitória da série” e da “alegria” que partilha “com todos” através da sua exibição se prende com a “procura” por falar “do simples – não sem deixar de mostrar um imaginário e um lado visual que passam por dentro das personagens e dos seus medos e sonhos – mas, ainda assim, absolutamente assente nas coisas pequeninas da vida”.
“Ter nas mãos a família Paixão escrita pelos autores foi como abrir o álbum de fotografias tiradas pelo Daniel Paixão ao longo de toda a sua vida. Ali, naquele momento, nasceram ideias e formas, que partilhámos durante meses, que cozinhámos em equipa, que ganharam forma, cor, som e corpo no elenco único e indescritivelmente talentoso que se juntou e que é hoje a família verdadeira e de tal forma próxima que poderia perfeitamente morar na porta ao lado do nosso prédio. Não nos propusemos a menos: só queríamos mesmo falar de amor”, frisa.

“Criar conteúdos diferenciados”
A exibição desta série insere-se na estratégia que a estação pública definiu para a RTP1 de oferecer aos espectadores “conteúdos diferenciados de ficção, capazes de gerar audiências relevantes na televisão generalista e nas plataformas digitais de distribuição – como a RTP Play – e de poderem circular em mercados internacionais, televisões e distribuidores digitais”, garante José Fragoso, diretor de Programas do primeiro canal.
“Seguindo um alinhamento estratégico com diferentes produtores independentes [N.R: neste caso, a Coyote Vadio], (…) é um projeto audiovisual inovador e surpreendente, realizado por uma sólida equipa criativa nacional e com a participação de mais de seis dezenas de atores portugueses, ao longo dos oito episódios”, termina.
No primeiro destes, Vanessa Paixão está a braços com a novidade de uma menopausa precoce e tem de organizar um casamento incomum, participar numa convenção de divórcios na companhia da filha e lidar com a corte apertada de um antigo pretendente dos tempos de faculdade. Daniel, a dormir no escritório da casa há vários dias, enfrenta o declínio profissional, fotografa concursos de beleza para crianças e fica a saber que a renda da quinta será aumentada.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend