É importante relembrar: o uso de máscara não dispensa o distanciamento social, a higiene das mãos e a etiqueta
respiratória. É antes um complemento às medidas de Precaução em Saúde Pública, mas que veio para ficar, pelo menos durante os próximos tempos.
As máscaras não cirúrgicas vão passar a fazer parte do dia-a-dia de todos os portugueses, e embora não faltem tutoriais que ensinam como fazer uma máscara de tecido caseira, também tem crescido a oferta em novas plataformas de venda online, com máscaras a serem vendidas em várias formas e feitios.
Tornar esse objeto aborrecido num acessório bonito e com estilo passou também a estar na ordem do dia de alguns designers de moda, que redirecionaram a sua produção para criar máscaras mais criativas, de várias cores e padrões, para conjugar com o guarda-roupa. Na sua maioria, as máscaras são feitas em algodão e com forro em TNT (Tecido não Tecido) ou suporte para filtro, de acordo com as recomendações das autoridades de saúde, aliando a proteção e segurança ao bom gosto.
# BAM by Ana Menezes
Foi ao perceber a quantidade de vezes que inconscientemente levava as mãos à cara que a designer Ana Menezes decidiu criar uma máscara para usar quando saía à rua. Depois, começou a oferecer a quem quisesse ir buscar ao seu ateliê, em Lisboa. “Faço-as porque com elas não toco mil vezes na cara. Ofereço-as porque podem sentir o mesmo!”, escreveu a designer ao apresentar as máscaras nas suas redes sociais. A procura foi tanta que Ana teve de aumentar a produção, mas sempre olhando a que fossem confortáveis, “para evitar que as pessoas mexam na cara”, justifica.
As máscaras são feitas em TNT e tecido, há quatro tamanhos (dois deles de criança) e estão disponíveis em cores muito suaves. O que salta à vista são os elásticos, de cores mais garridas, e não é por acaso. “O objetivo é chamar mais a atenção das pessoas para que peguem e toquem na máscara pelos elásticos e não pelo tecido”, explica a designer. Ana continua a oferecer uma máscara por família, e as restantes têm o custo unitário de 5 euros. Podem ser levantadas no ateliê ou recebidas em casa por correio. Encomendas através do e-mail: [email protected].
Tutorial: A designer também disponibilizou no site da BAM e no Instagram o molde das máscaras e um tutorial a ensinar como fazer em casa.
# Paulo Battista
O alfaiate Paulo Battista acaba de se lançar na produção de máscaras. São feitas em algodão e TNT, laváveis e reutilizáveis. Cada máscara custa 10 euros e na compra de uma unidade, o alfaiate promete doar outra a uma instituição. Os modelos e padrões disponíveis vão sendo divulgados no Instagram de Paulo Battista, através do qual também devem ser feitas as encomendas. Para já o alfaiate já partilhou este padrão listrado a preto e branco.
# Gio Rodrigues
O designer Gio Rodrigues, que se dedica sobretudo à criação de vestidos de noiva, viu-se obrigado a fechar temporariamente o ateliê e as lojas físicas, mas resolveu adaptar-se às circunstâncias. O criador lançou uma coleção de tapa máscaras, com padrões que vão do retro às flores, passando pelas bolinhas. São feitos de poliéster, laváveis e pensados para o uso quotidiano, sendo que, após cada utilização, cada peça deve ser lavada na máquina e passada a ferro a alta temperatura. Os preços começam em 17,45 euros, havendo também gravatas a condizer, e 15% do valor das vendas reverte para a campanha “Nossos heróis”, uma iniciativa do criador de moda destinada a produzir material de proteção individual para os profissionais de saúde, em Portugal. Os tapa máscaras estão disponíveis na loja online do designer.
# nazareth collection
Márcia Nazareth é a designer responsável pela Nazareth Collection, uma marca de roupa que se assume como eco-friendly e que se destaca pelas peças feitas em lyocell e algodão orgânico. Defensora da moda sustentável, a designer seguiu o mote “reaproveitar o reaproveitamento” para criar máscaras a partir dos excedentes da nova coleção da marca – que já tinha sido produzida com excedentes das coleções anteriores -, diminuindo o desperdício. “Ao perceber que as máscaras vão ser essenciais no uso diário nos próximos tempos, assim como a necessidade de tornar sustentável o número de máscaras hospitalares, de forma a que sejam usadas prioritariamente por profissionais de saúde, decidi avançar com estas Máscaras de Uso Social”, explica Márcia na página de Instagram da marca. A primeira produção de máscaras já esgotou mas a designer já deu início a uma segunda produção, que em breve estará disponível online.
# O Estúdio – Sara França
Flores, riscas, lisas ou com padrões abstratos. As máscaras de Sara França são para todos os gostos, sem deixarem de ser “estilosas e eficazes”, diz a designer, que começou a fazer máscaras em algodão com os tecidos que tinha no ateliê. São compostas por três camadas de tecido, com abertura para colocar um filtro, reutilizáveis e laváveis a altas temperaturas. Existem três tamanhos: S para senhora, M para homem e XS para criança. O preço individual das máscaras é de 13 euros, mas o pack de duas unidades custa 20 euros, com portes incluídos, já que a designer envia as encomendas (que deverão ser feitas por SMS para o 918978558) através dos correios para todo o país. De momento, Sara suspendeu a produção, por falta de material, mas espera poder retomar no final da semana, pelo que o melhor é estar atento às redes sociais d’O Estúdio.
# Weev
Dos laços e lenços coloridos, Diana Nunes, a fundadora da marca Weev, passou a aplicar a sua criatividade nas máscaras, com padrões divertidos, a pensar tanto nos adultos como nas crianças. De momento, existem sete tipos de máscaras, todas são feitas em algodão, com forro de TNT e elástico ajustável. Podem ser adquiridas na loja online da marca, pelo preço de 15 euros.
Outras máscaras criativas:
# Patrícia Pescada
A cenógrafa Patrícia Pescada não é de ficar quieta, e por isso deu asas à criatividade e uso aos materiais que se foram acumulando lá em casa, onde também tem o seu ateliê, para criar máscaras originais. Criou um molde ao seu gosto, de formato mais orgânico, e recortou pedaços de tecido, combinando-os entre si, em padrões que não se repetem. O que faz com que cada máscara (depois forrada a algodão) seja única.
# Coimbra Concept Store
A Coimbra Concept Store está a vender máscaras com mais de 40 padrões disponíveis. São feitas em lycra e com bolso interior para filtro. Mais informações na página de Facebook da loja.
# DryKids
A Drymask acaba de lançar as DryKids, máscaras reutilizáveis para crianças que podem ser personalizadas pelos mais pequenos. Os miúdos podem pegar nos marcadores e decorar as máscaras com os desenhos que quiserem. São vendidas em packs de duas unidades, pelo preço de 9,90 euros.
# Al_finetes
Vanessa Alves, fundadora da marca Al_finetes, optou por produzir máscaras de modelo coreano, com padrões originais e coloridos. As máscaras são feitas em algodão e têm face dupla (podem ser usadas de ambos os lados) e a pedido do cliente pode ainda incluir um suporte para filtro. Estão disponíveis em tamanho para adulto e para criança, por 7,50 euros.
# Pecegueiro & Filhos
O lobo ibérico é um dos protagonistas das máscaras da Pecegueiro & Filhos. A marca de roupa para crianças também começou a produzir estes objetos de proteção, com quatro tamanhos disponíveis. São feitas em algodão, com bolso para filtro, e têm a particularidade de os elásticos serem ajustáveis e presos atrás da cabeça. Têm o custo de 9 euros.