Artes animam Loulé, Silves e Albufeira para promover Geoparque Algarvensis

A instalação "Milita Doré", do GeoPalcos. (Fotografia: DR)
Os três municípios algarvios juntaram-se para levar à cena o projeto GeoPalcos Arte.Ciência.Natureza, com o objetivo de promover o Geoparque Algarvensis - património com mais de 350 milhões de anos - candidato a Geoparque Mundial da UNESCO. Programação multidisciplinar acontece em 10 geossítios e outros locais “inusitados”.

Um concerto ao cair da noite numa pedreira, uma ponte medieval revestida de tapeçaria, espetáculos no castelo e uma instalação artística numa mina de sal com 230 milhões de anos. Estas são apenas algumas das atrações da programação do GeoPalcos Arte.Ciência.Natureza, que começou a 29 de maio e vai decorrer até 12 de setembro, com uma série de espetáculos e iniciativas com entrada gratuita (mediante a lotação disponível).

Do programa completo destacam-se, na Mina de Sal-Gema, a 23 de junho, “O osso do mar”, uma instalação artística, visual e sonora da autoria de Miguel Cheta, Christine Henry e João Caiano. A 26 de junho, Silves recebe “Fado & Blues, o Casamento na Pedreira” de Vítor Bacalhau e Ricardo Martins, um projeto de fusão de música de dois países de lados diferentes do Atlântico, que conta com também com um espetáculo multimédia dos alunos da Escola Secundária de Silves.

A mina de sal-gema de Loulé. (Fotografia de Vasco Célio/Stills).

A 2 de julho, na Ponte Medieval de Paderne será inaugurada a instalação outdoor “ALGARVENSIS” / Tapeçaria”, pela artista plástica Vanessa Barragão. A ideia é promover o Geoparque Algarvensis através da história, cultura, gentes e gastronomia dos municípios por onde ele se estende – Loulé, Silves e Albufeira. Além destas iniciativas, a programação prevê performances ao vivo, percursos-experiências, exposições, artes manuais, teatro, concertos, oficinas e formações, entre outros.

Segundo comunicado, o aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira “será o único geoparque a sul do rio Tejo” e ocupa um total de 1.381km2 – cerca de um terço do território algarvio – com “um património geológico anterior ao aparecimento dos dinossauros tão singular e tão relevante que permite contar vários capítulos da história do planeta Terra”.

“Escrita do Sudoeste”, no Ameixial, em Loulé. (Fotografia: DR)

“A candidatura a Geoparque Mundial da UNESCO surgiu na sequência do importante património paleontológico, que nos últimos anos tem vindo a ser revelado na formação do grés de Silves. Tudo começou com a descoberta do Metoposaurus algarvensis (227 milhões de anos), espécie singular de salamandra gigante com mais de 2 metros de comprimento que dá nome a este geoparque, [e que] só foi descrito, até ao momento, nesta região do mundo”, explica Cristina Veiga-Pires, diretora científica do Geoparque.




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