Arte para todos na portuense Peculiar Gallery

Galeria e Atelier Peculiar, de Célia Machado. (André Rolo / Global Imagens)
Durante o ano e meio que passou em Barcelona a tirar o mestrado em Estética e Teoria da Arte Contemporânea, Célia Machado frequentou ateliers de artistas. Agora, abriu o seu próprio atelier-galeria, a Peculiar, no Quarteirão das Artes. 

Célia Machado tinha há vários anos o sonho de abrir um atelier que fosse também galeria de arte e onde pudesse receber pessoas e disponibilizar obras de arte para toda a gente. Primeiro, estudou Belas Artes Porto e, mais tarde, foi para Barcelona fazer mestrado. “Eu andava pelas ruelas do Bairro Gótico sempre à procura de espaços diferentes. Sempre achei interessantes as pessoas poderem entrar num espaço e ver um artista a trabalhar conversar com ele sobre a obra. Desde aí que fiquei com essa vontade”, conta.

Quando voltou ao Porto, começou a dar aulas em escolas públicas e na Escola das Artes, da Católica. Por isso, o sonho foi sendo adiado. Em 2019, percebeu que precisava de mais do que apenas dar aulas e fazer algumas exposições esporádicas. Acabou por alugar o espaço de um antigo restaurante no Cristal Park. “Estávamos num excelente momento para começar isto, o Porto estava com muita atividade. Eu estava feliz porque era um óptimo período, mas um mês depois rebenta a pandemia”, lembra.

Célia Machado, artista e autora do projeto. (André Rolo / Global Imagens)

Durante os nove meses seguintes foi fazendo obras, juntamente com a irmã, que entretanto saiu do projeto, e com o seu companheiro, o também artista Hugo Villalba, sempre com os seus alunos a dar força. Inaugurou a Peculiar Gallery faz este mês um ano com a apresentação de “Endless White Tales”, que se encontra agora em exposição. Pouco depois, encerrou novamente e reabriu em maio deste ano, com a exposição inspirada na situação pandémica “I am not just a number”, do coletivo Peculiares. “Este coletivo foi criado por nós e qualquer artista pode participar, desde que se identifique com os temas”, diz. Na galeria, além de se poder conhecer o trabalho do coletivo e da artista, é também possível adquirir edições gráficas limitadas – com preços que variam dos 10 euros aos 6000 euros. Porque a arte, acredita, deve ser acessível a todos.

UM JARDIM ESCONDIDO
A galeria tem dois andares e um jardim, que durante muito tempo esteve abandonado, e onde é possível tomar café e socializar. Célia quer que no futuro a cafetaria funcione com regularidade.

 

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