Arborismo, passeios a cavalo e caminhadas: oito programas com o pai na natureza

Andar a cavalo, passear entre as árvores ou pelos jardins floridos da cidade, fazer caminhadas junto ao rio ou pela serra: eis oito sugestões para fazer feliz um pai que adore a natureza.

Praticar arborismo no coração do Gerês

TERRAS DE BOURO No Parque Nacional da Peneda-Gerês, esta quinta junta natureza, arborismo, cavalos e adrenalina há mais de 20 anos.

Os seis mil metros quadrados desta quinta tornam a EquiCampo – Turismo de Montanha num programa fiel para famílias ao longo de toda uma manhã ou tarde. Situado a poucos metros de uma das cinco portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Campo do Gerês, este espaço conta com três circuitos de arborismo espalhados pelo terreno, com níveis de dificuldade para todas as idades, dos maiores de cinco anos aos adultos. Além desta atividade, que desafia equilíbrio, agilidade e autoconfiança, fazem-se ainda passeios a cavalo, caminhadas, rappel e circuitos de montanha, sempre rodeados da mais pura natureza, e acompanhados por Fernando Martins, que aqui nasceu, e que gere esta quinta há mais de duas décadas. NC

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)


Passear entre 92 mil tulipas na Invicta

PORTO Cerca de 92 mil tulipas dão cor e vida aos jardins e praças da Invicta, numa exposição floral ao ar livre que vem antecipar a primavera.

Acredita-se que terá tido origens turcas, mas tornou-se num dos principais símbolos florais da Holanda. Por estes dias, não é preciso ir até tão longe para apreciar as flores que geram festivais temáticos pelo mundo fora. Agora, com a primavera a piscar o olho já ao virar da esquina, são as tulipas que têm dado nova cor e alegria aos jardins e parques públicos do Porto, como já é habitual acontecer por esta altura do ano. Ao todo, foram plantadas cerca de 92 mil tulipas de onze variedades pelos espaços verdes da Invicta, em as suas coloridas pétalas, em tons como o roxo, rosa, vermelho, amarelo e o branco. Na zona histórica, há milhares de exemplares no Jardim de São Lázaro, Jardim do Infante D. Henrique, Jardim da Sé, Praça da Trindade, Praça Gomes Teixeira, Largo Actor Dias e nos canteiros da Rua de São Cristóvão. Além disso, as flores que nascem dos bolbos mantidos em estufa pelo Viveiro Municipal do Porto podem ser vistas no Jardim do Passeio Alegre, no Forte de São João Baptista e no Jardim Antero Figueiredo, por exemplo. Uma autêntica exposição floral gratuita e ao ar livre, que pode ser feita numa longa caminhada ou em vários passeios, conforme o tempo e a disponibilidade de cada família, que é obrigatória para qualquer pai amante de natureza. NC

(Fotografia de Rui Oliveira/GI)


Celebrar uma década da maior ecopista do país

VISEU, TONDELA E SANTA COMBA DÃO Há uma década que a antiga linha ferroviária do Dão foi transformada na maior ecopista nacional. Motivo para um Dia do Pai passado a pedalar.

Soma 49 quilómetros, fica situada entre as margens do rio Dão, entre a Serra da Estrela e do Caramulo, e resulta da transformação da Linha do Dão, a antiga linha ferroviária entre Santa Comba Dão e Viseu, desativada em 1988. No ano passado, celebrou a sua primeira década como Ecopista do Dão, razão mais do que suficiente para um Dia do Pai vivido em família, ao ritmo das pedaladas. É um trilho ciclável fácil de percorrer, por não ter subidas acentuadas, mas também pela renovação que decorreu em 2019, onde foram repostos pisos, guardas e sinalética no corredor pintado de vermelho, verde e azul, consoante o concelho – Viseu, Tondela ou Santa Comba Dão. Pelo caminho, reinam as paisagens florestais, bosques de carvalhos, campos agrícolas, vinhas e cenários de montanha e, na segunda parte do percurso, entre Naia e Santa Comba Dão, fazem companhia os rios Dinha e Dão. O parque de merendas junto à antiga estação de Treixedo; os mergulhos e piqueniques na zona fluvial da Pena, na localidade de Nagosela; as ruinas da Igreja Matriz de Canas de Santa Maria, junto a Tondela; e a ponte de ferro do Granjal, na albufeira da Aguieira, são alguns dos pontos de paragem onde vale a pena fazer uma pausa. NC

(Fotografia de Maria João Gala/GI)


Aprender a surfar

ERICEIRA Estreantes ou praticantes esporádicos podem fazer aulas de surf nas praias da vila piscatória, com a ajuda dos monitores experientes da Liquid Earth.

Ter um primeiro contacto com este desporto é possível e seguro numa das várias praias da Reserva Mundial de Surf da Ericeira, onde a empresa de turismo de natureza Liquid Earth atua há vários anos. As aulas, destinadas a iniciantes ou praticantes de nível intermédio, têm a duração de uma hora e meia (40 euros por pessoa) e incluem prancha, fato de surf, transporte, acompanhamento por uma equipa de monitores e seguro. As sete “ondas de classe mundial” da reserva de surf – adequadas a pessoas com todos os tipos de experiência, conforme a localização e o tipo de ondulação – tornam a Ericeira uma verdadeira meca para os praticantes e entusiastas deste desporto, que inspira um estilo de vida ativo e saudável. AR

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)


Andar a cavalo num parque natural

CASCAIS Em pleno Parque Natural Sintra-Cascais, fazem-se aulas de equitação em picadeiros com vista para a serra e passeios a cavalo em ambiente familiar.

A primeira vez que montou já foi em adulto, com vinte anos, mas desde então que nunca mais parou, até porque sempre teve “uma paixão por animais”. Na última década e meia, tem gerido com a mulher e os dois filhos a escola equestre que Rui Barroso batizou com o seu nome. Além dos amigos de crina, uma das mais-valias deste projeto é a sua localização: amplo e situado no sossego da Quinta da Marinha, em Pleno Parque Natural Sintra-Cascais, com picadeiros com vista panorâmica para a serra. A versatilidade é outra das chaves do negócio (a única escola do Centro Hípico da Quinta da Marinha com selo de certificação da Federação Equestre Portuguesa), podendo optar-se pelas aulas para todas as idades, a partir dos seis anos, e todos os níveis de experiência ou falta desta. Nestas sessões, trabalha-se o trote, o galope e o salto. Se a ideia é algo mais descontraído, também se fazem passeios a cavalo, para quem queira só experimentar durante um dia, sem apego, quer no parque, pelas dunas do Guincho ou na Serra de Sintra. Uma simples visita é o suficiente para se afeiçoar aos cerca de vinte cavalos que aqui habitam, “cada um com o seu próprio caráter”, explica Rui Barroso. “Tal como nós”, ri-se. NC

(Fotografia de Orlando Almeida/GI)


Caminhar junto a pesqueiras e lagoas do Tejo

MAÇÃO Há um novo percurso de cerca de 1,2 quilómetros à beira do Tejo para conhecer neste município, entre pesqueiras, lagoas naturais e um miradouro.

Desde o final de fevereiro que o município de Mação, na região do Médio Tejo, conta com um novo atrativo turístico: a Rota das Pesqueiras e das Lagoas do Tejo, que liga, em pouco mais de um quilómetro de extensão, o Bairro dos Pescadores de Ortiga ao Morro da Boavista, em passadiços de madeira envoltos na natureza. Ao longo do caminho, os visitantes conseguem observar 20 pesqueiras – antigos equipamentos em alvenaria de apoio à atividade piscatória – e várias lagoas naturais, que se formam na margem direita do rio quando a cota da caudal está mais baixa. Na Pesqueira do Rabo Longo existe uma experiência de realidade aumentada que, através de uma aplicação instalada nos telemóveis, recria a atividade piscatória típica da região. O percurso termina no Miradouro da Boavista, que oferece uma vista privilegiada sobre a paisagem e o passadiço, está aberto todo o ano e é gratuito. AR

(Fotografia: CM Mação)


Entre dois castelos, no Arrábida Walking Festival

SETÚBAL E PALMELA O percurso entre o Forte de São Filipe e o Castelo de Palmela pode ser feito no Dia do Pai, em jeito de preparação física para o festival, que decorre de 25 a 27 de março.

O percurso Entre Castelos integra a Grande Rota Arqueológica do Arrábida Walking Festival e pode ser realizado em dois sentidos, com início em este ou oeste. Classificado com “dificuldade média”, leva quatro horas a ser percorrido, entre o Forte de São Filipe, em Setúbal, e o Castelo de Palmela. O percurso permite apreciar uma grande variedade de plantas, com destaque para várias orquídeas e para o Tomilho-de-Creta, que ali floresce em especial quantidade. A área protegida da Arrábida tem cerca de 1450 espécies de plantas identificadas e são elas, justamente, o tema da segunda edição do Arrábida Walking Festival, que decorrerá entre 25 e 27 de março, com um vasto programa de percursos e atividades. O percurso Entre Castelos com início em Setúbal já está esgotado. AR

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)


Contar aves de rapina nas ilhas

MADEIRA Vale a pena apontar a data na agenda, para um programa com pais amantes da natureza: nos dias 2 e 3 de abril haverá contagem de mantas com a ajuda de voluntários, na Madeira e no Porto Santo.

Nos Açores chamam-lhes milhafre ou queimado, na Madeira e no Porto Santo tem o nome de manta e em Portugal continental é conhecida como águia-d’asa-redonda. Seja qual for o nome porque é conhecida, esta ave de rapina – considerada uma das mais emblemáticas da região – precisa de ser acompanhada, e por isso a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves da Madeira vai organizar mais um censo anual, numa iniciativa de ciência-cidadã que está aberta a inscrições online.

O censo de Mantas decorre nos dois arquipélagos e permite, com a ajuda de voluntários, acompanhar a população desta espécie, contabilizada em 337 aves em 2021. Para participar (a pé, de bicicleta ou de carro) não é preciso ter conhecimento na área, uma vez que esta subespécie só existe na Madeira e tem um voo fácil de identificar, em qualquer paisagem da ilha. Esta é também uma forma de celebrar a biodiversidade, alertando para os perigos que ameaçam a fauna e flora. AR

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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