“Não há qualquer monstro que destrua o humor. Ele tem séculos. E vem de dentro do ser humano. Neste tempo de isolamento social faz falta o humor mundial. (…) Se o COVID é drama, o humor é brado. Um grito de guerra!” É com esta mensagem que abre a galeria Anti-Covid-19, o resultado do convite lançado há menos de duas semanas pelo Museu Nacional da Imprensa e dirigido a cartunistas de todo o mundo.
“Em pouco tempo, mais de 100 artistas enviaram 523 desenhos. São trabalhos recebidos dos quatro cantos do mundo: desde a China, Índia e Indonésia, à Colômbia, EUA e México, passando pela Rússia, Irão, Croácia, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal, entre outros países”, pode ler-se numa das publicações do museu na sua página de Facebook.
Ao todo, as obras reunidas são da autoria de cartunistas de mais de trinta nacionalidades, entre eles um grupo de crianças dos 8 aos 16 anos, cujos desenhos foram recebidos da Rússia, através de um clube de cartoon.
A galeria está dividida em seis salas virtuais, com mais de 300 cartoons, cada qual identificado com o respetivo autor e país de origem, e pode ser visitada no Museu Virtual do Cartoon, um espaço online lançado em 2004, na presença de George Wolinski, que durante vários anos foi presidente do Júri do Porto Cartoon-World Festival. Esta figura do humor gráfico mundial foi assassinada em 2015, no atentado ao jornal Charlie Hebdo, em Paris.
