Abracadabra! Nasceu o Museu da Magia, em Valongo

A experiência dura, em média, hora e meia. (Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)
No edifício da Loja do Cidadão, em Ermesinde, há muito mais do que burocracia a acontecer. Agora é também a morada de um museu dedicado ao ilusionismo, que a 31 de janeiro abriu as portas.

O sonho surgiu em 2016, perante a desistência imprevista de um museu de brinquedos numa festa infantil, em que a solução foi preencher o espaço com objetos de magia. Segundo Miguel Ângelo, um dos 11 responsáveis do Museu da Magia, “lá fora toda a gente tinha uma cultura mágica. Havia uma lacuna em Portugal de partilhar a história com o público”. Acrescenta que sem o Município de Valongo “não estaríamos aqui, porque eles acreditaram, mesmo sem termos nada físico, que seria possível”.

A receção é calorosa. Mascarado com vestes medievais e acompanhado de flauta, Rui Ramos é o contador de histórias que convida a embarcar numa jornada cheia de truques. Penas vermelhas que escrevem sozinhas e salas com ilusões de ótica aguardam os visitantes.

Ilusões de ótica aguardam os visitantes.
(Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)

O Museu da Magia é o resultado de uma pesquisa e recolha de relíquias, resgatando peças espalhadas um pouco por todo o globo. Conta ainda com uma área que promete trazer mágicos mais velhos para partilharem a sua história e suscitar uma troca geracional. “Além de dar a conhecer a gente do passado, estamos cá para inspirar os atuais mágicos, aglutiná-los, porque estamos todos muito dispersos, e fazer com quem eles sintam que há uma casa para eles”, diz Rui Ramos.

Embora aberto oficialmente há um mês, o museu acolhe campos de férias há um ano. Não há idade mínima para esta experiência mágica, que tem a duração média de uma hora e meia.

Esta viagem pelo ilusionismo não pede uma idade certa.
(Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)



OUTROS TRUQUES

Biblioteca especializada

A magia também pode ser encontrada nas páginas de um livro. O museu conta com um acervo repleto de obras portuguesas e internacionais, intitulado Biblioteca David Castro, em homenagem a uma referência do ilusionismo nacional do século XIX. Com mais de três séculos, destaca-se a primeira edição de “Tesouro dos prudentes”. Estão ainda expostas mais de 4000 fotografias, revistas e kits de magia, como a primeira caixa de ilusionismo portuguesa.

A biblioteca tem o nome de David Castro, referência do ilusionismo nacional do século XIX.
(Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)


Figurinos e objetos marcantes

Através da moda também é possível contar histórias mágicas. É com base nessa ideia que o Museu da Magia destaca uma área para expor os figurinos de renomados ilusionistas (Fred Allen, Dick Marvel, Maury e Tanny e Conde D’Aguilar), assim como o objeto mais marcante de cada um. A mala de viagens do Conde que rodou o mundo e a bola zombie de Dick Marvel são algumas das peças que é possível encontrar.

Em exposição estão algumas peças usadas por conhecidos ilusionistas.
(Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)


Sala de magia

O culminar da viagem pelo passado, como os da casa gostam de lhe chamar, dá-se no auditório. Atrás de uma cortina vermelha, é hora do espetáculo. No final das visitas guiadas, o público é convidado a acomodar-se e assistir, mas também a subir ao palco e a fazer parte do momento. Em tons dourados, pretos e vermelhos, a sala cria uma atmosfera para que a magia aconteça e os truques saiam da manga.

A cortina vermelha é sinónimo de espetáculo.
(Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)

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