A primeira coleção de roupa da Burel Factory veste as cores da Serra da Estrela

As novidades da Burel vestem-se de dois padrões de cores. (Fotografia: Maria Rita)
A primeira coleção de roupa da Burel Factory, constituída por cerca de 50 peças, chama-se “Woolclopedia” e é uma enciclopédia de lã pintada com as cores da fábrica e da Serra da Estrela. As peças encontram-se à vendas nas lojas da marca em Lisboa e no Porto, assim como online.

“Roupa com significado”, é assim que a Burel Factory descreve a sua nova coleção de roupa – uma estreia absoluta – constituída por cerca de 50 peças unissexo feitas manualmente e com recurso a máquinas centenárias. Chama-se “Woolclopedia” e é uma enciclopédia de lã, cujas peças carregam a tradição e património da Serra da Estrela, onde as fábricas de lanifícios prosperavam e o burel era considerado um material pouco nobre. As peças encontram-se nas lojas de Lisboa e Porto e online.

Segundo Isabel Costa, fundadora da Burel Factory juntamente com o marido João Tomás, a ideia de criar uma coleção de roupa própria surgiu depois de comprarem uma fábrica em insolvência, na Covilhã, que precisava de produzir para se manter em atividade. Para desenhar a coleção com novas visões, juntaram-se ao mestre de fábrica José Luís Pinheiro a designer de moda e consultora criativa Filipa Homem, a designer de moda Mafalda Fialho e ainda a designer de acessórios Sara Lamúrias.

(Fotografia: Maria Rita)

Assim que visitaram a fábrica em Manteigas (a Lanifícios Império, fundada em 1947 e salva pela Burel Factory em 2011), Filipa e Mafalda deixaram-se inspirar pelos padrões, técnicas de confeção e pela força da lã, assim como pelas tonalidades da paisagem montanhosa, e o resultado foi uma coleção dividida entre uma paleta de tons mais coloridos (com rosas e azuis) e outra mais natural (com laranjas, verdes e neutros).

O processo envolveu a produção de moldes, novas gramagens e várias misturas. As cerca de 50 peças – malas, casacos, calças, vestidos, cachecóis, bonés, cintos e sapatilhas, cada uma com 100 unidades apenas e tamanhos entre o XS e o XXL – são descritas como “confortáveis, leves e práticas”. Algumas misturam o burel com fibras naturais, flanelas e fazendas. Todas são intemporais, “roupas para durar, que mantêm vivos os tons e as texturas naturais da serra” e os métodos tradicionais de produção. O design contemporâneo torna-as apelativas para diferentes gerações.

(Fotografia: Maria Rita)

Comprometida com a sustentabilidade social, cultural e ambiental, a Burel Factory assegura que todos os resíduos que resultam do fabrico são reciclados, sendo que as peças que eventualmente não forem vendidas podem ser transformadas em fio reaproveitado. Tanto em Manteigas como na Covilhã, a empresa emprega talentos locais, abastece-se junto de pequenos produtores e artesãos e incentiva a fixação de jovens naquele território, homenageando a história da produção de lanifícios.

 

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