A nova Rota do Azeite da Beira Baixa vem dar palco à azeitona galega

(Fotografia: DR)
Com visitas a lagares, museus, provas, restaurantes aderentes e caminhadas em seis concelhos, a Rota do Azeite da Beira Baixa chegou para homenagear o azeite e olivais da região, onde brilha a azeitona galega.

Em homenagem aos cenários de olival, que fazem parte da identidade intrínseca do território, e ao produto final que rega a sua gastronomia à mesa, a Rota do Azeite da Beira Baixa chegou para dar palco “a um dos produtos mais icónicos e distintivos da região”, explica João Carvalhinho, secretário-executivo da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, impulsionadora da iniciativa, em parceria com as autarquias de Castelo Branco, Oleiros, Idanha-a-Nova, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.

Por estes seis municípios, há sugestões variadas (mas sempre focadas no azeite) como visitas a lagares tradicionais e museus etnográficos, participação na apanha da azeitona, degustações de azeite, caminhadas junto a oliveiras centenárias e milenares e visita a restaurantes locais, que têm preparadas novas e clássicas propostas onde brilha o azeite. “O nosso azeite é um produto estrela, que distingue a Beira Baixa. É uma atividade tradicional que permite comunicar o território, o produto e as gentes fantásticas destes seis concelhos”, acrescenta Carvalhinho.

E ainda que se plantem variedades de azeitona como cobrançosa e cordovil, a rainha por estes lados é a autóctone azeitona galega, “de dimensão pequena, mas de elevada qualidade”, explica Ana Domingos, da Associação dos Produtores de Azeite da Beira Baixa, que engloba cerca de 40 lagares e uma centena de produtores. Diversidade é também aqui uma palavra-chave, produzindo-se azeites mais adocicados e amanteigados quando se usa azeitona galega mais madura, ou notas mais frescas e picantes quando o fruto usado está mais verde.

O site oficial da Rota do Azeite da Beira Baixa tem sugestões para um, dois ou três dias, mas a ideia é que seja vivida de forma democrática, com as atividades, a duração e o ritmo que cada visitante queira. Basta ir a beirabaixatour.pt para se inspirar.


Alguns destaques da Rota do Azeite da Beira Baixa

As visitas aos lagares

O contacto próximo com os produtores de azeite locais, em visitas a lagares tradicionais onde se aprende mais sobre os processos de fabrico artesanal e onde se podem fazer provas, é um dos pilares desta rota. Os Lagares da Catraia, em Proença-a-Nova e o Lagar da Tapada da Tojeira, em Vila Velha de Ródão, são alguns exemplos sugeridos. Tal como o Lagar da Casa Fernandes, em Oleiros, que existe há oito décadas e soma quatro gerações familiares.

João Marques, do Lagar Fernandes. (Fotografia: Gerardo Santos/GI)

Os restaurantes aderentes

No total, há dez restaurantes que prepararam entradas, pratos principais e sobremesas que dão especial palco ao azeite local. Sopa de coentrada, bacalhau confitado com migas de couve, tronco de alheira com salteado de cogumelos e espargos, torricado de polvo com azeitona desidratada, lagarada de bacalhau, mousse de amêndoa e azeite caramelizado e tigelada são exemplos do receituário regional e nacional que se provam à mesa do Despensa-a-Nova (no concelho de Proença-a-Nova), Cabra Preta, Varanda Real, Encosta da Muralha, O Lagar, Churrasqueira da Quinta (Castelo Branco), Callum (Oleiros), A Ponte do Enxarrique (Vila Velha de Ródão) e Casa da Velha Ponte (Idanha-a-Nova).

Os museus da rota

O Núcleo Etnográfico da Lousa, em Castelo Branco, é uma das sugestões culturais desta rota. Está situado num antigo lagar e tem uma exposição dedicada à evolução tecnológica na produção do azeite, composta por três salas. Requer marcação prévia. Outros exemplos de antigos lagares que ganharam depois nova vida são o Museu Etnográfico e Cultural do Ninho do Açor, em Castelo Branco, e o Museu Dr. Mário Pires Bento, em Penamacor.

Núcleo Etnográfico da Lousa. (Fotografia: DR)




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend