A nova adega da família Amorim fica no Dão (e vai ter um hotel)

A nova adega da família Amorim fica na quinta da Taboadella, no Dão. (Fotografia: DR)
Já estão no mercado os primeiros vinhos do Dão produzidos pelo família Amorim. O grupo investiu forte numa nova adega e quer explorar o enoturismo com várias experiências e até um hotel.

Há vinte anos que a família Amorim está presente no Douro, com a Quinta Nova de Nossa Senhora. Agora expandiu-se para o Dão, que sempre admirou – nas palavras de Luísa Amorim – com uma adega de 2500 metros quadrados, 40 hectares de vinhas, experiências de enoturismo e um projeto hoteleiro previsto para abrir em 2021.

A quinta da Taboadella, que pertence à família há dois anos, encontra-se num planalto triangular da Silvã de Cima, entre o Vale do Pereiro e o Vale do Sequeiro, e de onde se avista o sopé da Serra da Estrela. Aí foi erigida a adega, desenhada por Carlos Castanheira – uma referência na arquitetura nacional -, com recurso a materiais como a madeira e a cortiça.

O edifício de aspeto futurista contrasta com um lagar construído no penedo monolítico de natureza rupestre, um dos mais antigos vestígios de vinificação no Dão, e que indica que naquele local já se fazia vinho há mais de 15 séculos. Honrando o passado, a família Amorim projeta agora o futuro, lançando os seus primeiros vinhos do Dão e abrindo a porta à visitação do novo espaço.

O Dão “é uma região clássica de vinhos em Portugal e a primeira a ser demarcada para vinhos não licorosos, e foi aqui nesta região vizinha do Douro que encontrámos este território de altitude detentor de solos de granito e microterroirs de excelência. A Taboadella tem uma mancha de vinha única que permite produzir grandes vinhos”, diz Luísa Amorim em comunicado.

Dona de 40 hectares de vinhas e com uma adega capaz de produzir 290 mil litros por vindima, a família Amorim acrescenta que neste projeto a vinha tradicional não é regada e que tudo assenta num sistema “bastante sustentável de dry farming, nas 25 parcelas de vinha em modo de produção integrada com uma densidade média de 3500 plantas por hectare”.

A par das vinhas e da adega funciona ainda a Wine House da Taboadella, aberta a visitantes desde o final de julho “como ponto de partida para descobrir a região” do Dão. É aí que os visitantes devem dirigir-se para marcar visitas à adega, fazer uma prova de vinhos ou comprar garrafas ao preço de produtor, bem como alguns produtos gourmet da região.

(Fotografia: DR)

Os planos são fazer, também, as tradicionais Wine Tour (que incluem um passeio numa carrinha Bedford de 1964, um dia de vindima e um piquenique) e provas cegas. Mas haverá mais além do vinho: workshops de cestaria e de produção de queijos, doces ou cerâmicas; preparação de chás e infusões e apanha de míscaros, por exemplo.

Ficar hospedado na Taboadella, só lá para 2021. A antiga casa senhorial da quinta está a ser convertida num alojamento à imagem das famílias do Dão e vai chamar-se Villae 1255. Terá oito quartos (entre eles uma suíte familiar e outra suíte ao estilo montanha) e só estará disponível para alugueres mínimos de dois dias, para uma família ou um grupo de amigos.

Quem ficar a dormir no Villae 1255 terá direito a pequeno-almoço com sabores da região, serviço de refeições a pedido e acesso a salas de estar, uma sala de jantar e um terraço exterior com vista para “um secular e majestoso medronheiro”, num cenário abençoado pela natureza.

 

Taboadella
Silvã de Cima (
Satão)
Tel.: 232244000/961977676
Web: www.taboadella.com




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