A beleza suave e rebelde do Atlântico aprecia-se na Praia de Esmoriz

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)
Praia de areia fina, na ponta norte de Ovar, espreguiça-se à vontade e sem pressa conforme os humores do mar. Areal a perder de vista a dois passos da barrinha que recuperou o seu encanto.

O mar e o céu tocam-se e quase se fundem, a linha do horizonte dilui-se entre a água e o ar, confundem-se com graciosidade, e o areal raso dá aquele contraste na paisagem, o branco luminoso da areia com todas as outras tonalidades. A praia de Esmoriz, numa longa língua rente ao Atlântico, parece não ter fim quando se olha para norte. É mais um lugar de veraneio do concelho de Ovar.

Há barracas de várias cores, para-ventos às riscas, toalhas de padrões diversos, nadadores-salvadores, um campo de voleibol na areia, muito espaço para banhos de sol quando o ar aquece e o tempo esquenta. Esmoriz é praia, é Atlântico, é sal na pele, mergulhos no mar, conversas de amigos, convívios familiares, encontros e reencontros. O que se quiser. No verão, o parque de campismo enche e o número de residentes ao pé do mar estica. No inverno, há quem caminhe com os pés descalços na areia molhada com o Atlântico mais rebelde como companhia. E, por vezes, há surf até ao pôr-do-sol.

A praia de Esmoriz, procurada por gente de dentro e gente de fora, molda-se ao tempo, à linha da costa, à vontade dos homens. Pode parecer igual de ano para ano mas está em constante mutação. Vai formando pequenas dunas aqui e ali, a vegetação típica da beira-mar desponta em várias partes, os passadiços de madeira facilitam entradas e saídas, a água do mar tem aquecido nos últimos anos num oceano que costuma acalmar no verão. E depois há aquele cheiro, aquela brisa inconfundível de mar, de praia, de dias longos, de banhos.

O paredão junto à marginal forma uma espécie de baía na parte sul, há dias com areia, nunca com muito espaço, e há dias em que o mar engole o areal e bate diretamente nas rochas. E a barrinha, protegida por fauna e flora, rodeada por passadiços, com mais acessos à praia, tornou-se um local atrativo para quem gosta da natureza, de caminhar e passear, de contemplar e encher o olho. A dois passos da praia.

O QUE FAZER AO REDOR DA PRAIA

Passear nos passadiços da barrinha

(Fotografia: DR)

É um trilho circular com várias entradas e saídas (as entradas podem ser saídas e as saídas podem ser entradas) por Esmoriz e Paramos, em Espinho. Oito quilómetros de chão de madeira, acesso direto a praias, fauna e flora com fartura, uma ponte de madeira com 40 metros que atravessa a maior zona lagunar do Norte, com quase 400 hectares. A barrinha de Esmoriz ou lagoa de Paramos ocupa o centro da paisagem.

Edifício em forma de barco para petiscar

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

O Barra Mar’s tem história, inaugurado em 1954 como restaurante-bar, arquitetura de cimento a lembrar um barco, esplanada a toda a volta, sala interior com vista privilegiada para a praia. Para um café e uma bebida, para petiscar. Cachorro à brasileira, prego no pão, tosta mista alentejana, salada de atum, francesinha, pica-pau fazem parte do menu. Aberto todos os dias, das 9h à 1h de domingo a sexta-feira, ao sábado encerra às 2h.

Ouvir música, comer e beber em cima da areia

(Fotografia de Artur Machado/Global Imagens)

O Palheiro Velho é uma estrutura de madeira pintada de azul, com esplanada tropical e sala abrigada, instalada na areia com vista mar. É um bar de praia com música e ritmos, há DJ sets, atuações ao vivo, shots, cocktails, mojitos e caipirinhas, e uma carta com arepas, tacos, ceviche, cachorro, hambúrguer, empanadas. Não encerra, está aberto todos os dias das 10h à meia-noite.




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