12 passeios para fazer em 2022

A aldeia de Monsanto (Fotografia: André Rolo/Global Imagens)
Um novo ano, novos projetos. De norte a sul e nas ilhas não faltam bons motivos para sair de casa. Descobrir património industrial ou jardins históricos, passaear na montanha ou dar a volta a uma ilha a pé, deslumbrar-se com a arquitetura classificada como património mundial de Angra do Heroísmo, ou ver os murais espalhados por Lisboa são algumas das propostas que lhe deixámos para 2022.

Passear em 2022 pelos jardins históricos

As Garden Experiences são um conjunto de 12 pacotes turísticos que levam a conhecer alguns dos mais belos jardins do Norte e Centro de Portugal. AC

A Associação Portuguesa de Jardins Históricos (AJH), em parceria com dois operadores turísticos, o Clubtour e o Traveltailors, criou 12 roteiros em redor de diversos jardins emblemáticos. Estas Garden Experiences podem ocupar um ou vários dias e dão a oportunidade de conhecer alguns espaços privados, normalmente inacessíveis.

Palácio de Mateus
(Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagens)

O Parque das Pedras Salgadas, a Mata de Vale Abraão, o Jardim Botânico do Porto, a Quinta da Aveleda, a Mata do Bussaco, a Quinta da Ínsua, a Casa de Juste, a Quinta dos Curvos e a Quinta das Lágrimas são alguns dos 29 jardins históricos, localizados entre Vidago e Coimbra, que podem ser visitados com estas novas rotas. Às visitas guiadas juntam-se experiências gastronómicas, provas de vinhos, passeios de barco e alojamento.

Além disso, no site da AJH está disponível uma lista com mais de 800 jardins, assim como um simulador de viagem, para quem quiser partir à descoberta deste património ao seu próprio ritmo.

Douro Premium
Este pacote de três dias leva a conhecer os jardins do Palácio de Mateus, em Vila Real, da Casa dos Viscondes de Várzea e da Quinta de Vale Abraão, em Lamego, com direito a provas de vinhos, passeio de barco no rio Douro e ainda visita guiada ao Parque de Vidago e ao Parque das Pedras Salgadas. As duas noites de alojamento e refeições estão incluídas.

Web: jardinshistoricos.pt
clubtour.pt
portugalbytraveltailors.com

 


Um passeio pela montanha em Mondim de Basto

Encaixado entre o Minho e Trás-os-Montes, é o destino ideal para um fim de semana de caminhadas pela Natureza, passando por miradouros e lagoas refrescantes. ALS

O Palacete do Conselheiro, um charmoso alojamento do século XVII, mesmo no centro de Mondim de Basto, é um bom ponto de partida para quem quer explorar este concelho a pouco mais de uma hora do Porto.

Palacete do Conselheiro
(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Os nove quartos são confortáveis e apetecíveis, sobretudo depois de percorrido algum dos oito percursos pedestres, que levam a conhecer lugares incontornáveis de Mondim, como o Monte da Senhora da Graça – também conhecido como Monte Farinha -, ou as Fisgas de Ermelo, já no Parque Natural do Alvão. Com fim no topo da elevação há quatro percursos – chamados Caminhos da Senhora da Graça -, com início no centro de Mondim, em Bilhó, Atei ou Ermelo.

Cascata das Fisgas de Ermelo, vista a partir do miradouro Alto da Cabeça Grande
(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Rio Olo
(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Piocas de Cima
(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Já o circular, e exigente, PR3 – Fisgas de Ermelo sugere um trajeto de 12.4 kms, começando e terminando na aldeia de Ermelo, passando pelas Piocas de Cima, pequenas lagoas de água cristalina, e pelos miradouros das Fisgas e do Alto da Cabeça Grande, duas varandas de luxo para uma das maiores quedas de água da Península Ibérica. Quem preferir passear de carro, tem como guia a Rota dos Miradouros, que reúne dez dos mais bonitos lugares do concelho.

Adega 7 Condes
(Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)

Para aconchegar o estômago, sugere-se a Adega 7 Condes, onde são servidas generosas postas de carne maronesa certificada, grelhada na brasa, e acompanhada de batatas assadas e migas.

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Viajar no tempo no Castro de S. Lourenço, em Esposende

A riqueza natural de Esposende, terra de rios, mar e montanha, fica bem clara quando se sobe ao Castro de S. Lourenço, um sítio arqueológico que também é usado como espaço de desporto e lazer. CF

Esposende atrai visitantes sobretudo no verão, mas tem atrativos para o ano inteiro, e um deles fica no Monte de S. Lourenço, em Vila Chã. Trata-se do Castro de S. Lourenço, que tem raízes no começo do I milénio antes de Cristo e, entre os séculos II antes de Cristo e IV depois de Cristo, passou por um processo romanizador.

Desse povoado proto-histórico romanizado, com uma localização estratégica, só uma pequena parte está escavada. Mas, antes de passar às ruínas milenares e de imaginar como terá sido morar ali (a reconstituição de algumas casas ajuda), recomenda-se uma ida ao Centro Interpretativo de S. Lourenço.

O Centro Interpretativo de S. Lourenço tem entrada livre
(Fotografia: Rui Manuel Fonseca/Global Imagens)

Aquele equipamento, de acesso livre, exibe alguns achados arqueológicos, um documentário e um filme infantil sobre o passado do lugar, que, atualmente, também é usado para desporto e lazer. Tem zona de merendas, um anfiteatro naturalizado e constitui o ponto de partida de uma rota circular: o Trilho do Castro de S. Lourenço. Antes de seguir caminho, porém, nada como subir até à capela de S. Lourenço, que funciona como miradouro. Dali vê-se o mar, a foz do Cávado e a planície costeira.

Terminado o passeio, há várias opções para repor energias rente à natureza. Duas delas são o restaurante Sra. Peliteiro, em Gemeses, junto ao rio Cávado; e a casa de hóspedes Cantinho d’Avó, bem perto da praia da Apúlia.

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Museu da Cidade Porto: história e cultura em várias estações

Diversificado e eclético, o Museu da Cidade Porto, projeto ainda em construção mas já com várias estações abertas, ocupa diferentes espaços da Invicta. LM

Para se criar este museu, com direção artística de Nuno Faria, foram requalificados e repensados vários espaços do Porto, alguns já com funções culturais. Quando estiver completo, terá 17 estações (as últimas a abrir serão o antigo Matadouro, em Campanhã, e a Quinta da Bonjóia, na mesma freguesia).

O Reservatório, no Parque da Pasteleira, é a primeira estação do museu
(Fotografia: Igor Martins/Global Imagens)

Nalguns dos sítios que tinham já salas para exposições temporárias, como é o caso da Casa do Infante ou o Museu Guerra Junqueiro, foi montada uma rede de cinco “Gabinetes”, cada um dedicado a um tema específico onde expõem maioritariamente artistas contemporâneos. Mas não só. Na Casa do Infante funciona o “Gabinete do Tempo”, onde até dia 16 de janeiro está exposta parte do acervo que o jornalista, bibliógrafo e contador de histórias da cidade Germano Silva doou ao Arquivo Municipal por altura do seu 90º aniversário, em outubro passado.

A estação número 1 – Reservatório – encontra-se no Parque da Pasteleira, no antigo depósito de água recuperado em 2017. Aqui, pode conhecer-se melhor a história da cidade através dos vestígios arqueológicos recolhidos nos séculos XX e XXI, e que vão da pré-história até à época contemporânea.

Na hora de recuperar forças, o Bar da Extensão do Douro releva-se uma boa opção, assim como a Pestana Pousada Porto, aberta, recentemente, na rua das Flores.

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Fábricas, arte e património a visitar em São João da Madeira

A história industrial da cidade de São João da Madeira pode ser conhecida num roteiro que leva o visitante por fábricas em funcionamento e vários museus temáticos. LM

Na Torre da antiga fábrica da Oliva funciona desde 2012 o centro de acolhimento do turismo industrial de São João da Madeira, projeto que conseguiu unir diversas empresas que acederam a abrir as suas portas a visitantes. Além de visitas às fábricas que fazem parte do programa Indústria Viva, o roteiro é completado com o Museu da Chapelaria, na antiga Fábrica Nova da Empresa Industrial de Chapelaria, o Museu do Calçado, o Centro de Arte Oliva e o Núcleo Histórico Oliva.

A Viarco é uma das fábricas abertas a visitas
(Fotografia: André Gouveia/Global Imagens)

Das indústrias a visitar faz parte a histórica Viarco, a única fábrica de lápis em Portugal com mais de 100 anos. O calçado e a chapelaria, também com muita tradição na cidade, podem conhecer-se na fábrica da Fepsa, empresa de moldes em feltro de chapéus, na Cortadoria Nacional de Pêlo e no atelier Projet ID, do sector do calçado. A Heliotêxtil, fábrica de passamanarias, a Bulhosas, especializada em etiquetas em papel e autocolantes, e a Molaflex e Flexitex especialistas na produção e tecido para colchões completam o roteiro. As visitas às fábricas, como são guiadas, devem ser marcadas com antecedência.

Nas imediações, não faltam locais para repor energias à mesa e pernoitar, como a Taberna do Zé e o hotel Golden Tulip.


Turismo Industrial São João da Madeira
Tel.: 256200204
Web: turismoindustrial.cm-sjm.pt

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Monsanto: redescobrir a futura aldeia dos dragões

Antes da estreia da prequela de “A Guerra dos Tronos”, é tempo de (re)visitar um dos seus cenários: Monsanto, a “aldeia mais portuguesa de Portugal”, em Idanha-a-Nova. NC

Há muito que é acarinhada e recebe visitantes vindos de todas as partes do Mundo, mas a “aldeia mais portuguesa de Portugal”, título que recebeu em 1938 num concurso do Estado Novo, prepara-se para atingir um pico de popularidade este ano. É em Monsanto, uma das 12 Aldeias histórias do nosso país, que são gravadas algumas das cenas da série “House of the dragon”, a prequela de “A Guerra dos Tronos”, da HBO. Enquanto não chega a estreia, está na hora de (re)visitar este recanto que combina Natureza, cenários pitorescos e uma geologia fora do comum.

Os blocos graníticos típicos de Monsanto, que se encaixam entre as casas de pedra, são um postal difícil de recriar, principalmente se os juntarmos às vistas panorâmicas para a Serra da Gardunha e a Serra da Estrela. Por estes lados, os passeios podem ser feitos de várias formas: a Rota dos Barrocais é o percurso pedestre de sete quilómetros que passa por ruelas, ruínas e penedos, e importa passar pela Torre de Lucano, no topo da qual está fixado um galo em prata. Mas é obrigatório subir ainda ao castelo, obra templária que remonta ao século XII. A subida íngreme até lá compensa pela vista sobre a planície raiana que rodeia a aldeia.

Vista do castelo
(Fotografia: Leonardo Negrão/Global Imagens)

Para repor energias à mesa, nem é preciso sair de Monsanto: basta localizar o restaurante Petiscos e Granitos. Uma opção de alojamento é a Quinta dos Trevos, uma unidade de turismo em espaço rural que funciona também como centro de artes e ofícios, na freguesia de Ladoeiro.

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Um passeio à boleia dos novos murais de arte lisboetas

Homenagear ofícios antigos, figuras do bairro e até o clássico “Lisboa Menina e Moça” são motivos dos mais recentes murais de arte urbana espalhados pela cidade. NC

A arte urbana está cada vez menos tímida e tem dado nova cor, vida e significado aos bairros de Lisboa. Nos últimos tempos, tem sido cada vez maior a quantidade de fachadas embelezadas por artistas nacionais e internacionais, algumas destas sendo autênticas mensagens em céu aberto. Uma das mais recentes está na Rua Nova do Desterro: uma pintura nostálgica de Mariana Duarte Santos que retrata um merceeiro de uma loja tradicional que existiu nesta zona na década de 50.

Obra “Lisboa Menina e Moça”, pelas mãos de Mário Belém, na fachada da biblioteca Manoel Chaves Caminha, na Avenida Rio de Janeiro, Alvalade

Já no verão, o chão em redor do Mercado de Arroios ganhou tons garridos, com os animais e padrões coloridos pintados pelo Colectivo Artístico Boa Hora, no lugar onde antes estavam carros estacionados. Também este ano, a fachada da biblioteca Manoel Chaves Caminha, na Avenida Rio de Janeiro, Alvalade, ficou pintada com uma rapariga envolta em livros, um manjerico e um elétrico, numa homenagem à “Lisboa Menina e Moça” de Carlos do Carmo, pelas mãos de Mário Belém.

Outros destaques recentes são os padrões de azulejaria que Diogo Machado, conhecido como Add Fuel, pintou na Rua da Senhora da Glória, na Graça, e o mural de Benfica dedicado a 15 figuras do bairro, como Vasco Santana, Carlos Paredes e Ruy de Carvalho, criadas pelo trio Tomás Reis, Edis One e Pariz One na Rua das Garridas, junto ao Palácio Baldaya.

 


Palmela tem um jardim de vinhas para caminhar entre adegas (e provas)

O primeiro percurso enoturístico da Península de Setúbal fica no concelho de Palmela e convida a conhecer cinco adegas, ao longo de 11,5 quilómetros, num jardim de vinhas a perder de vista. AR

Este Jardim de Vinhas desenrola-se num cenário de longos hectares de vinhedo, montado de sobro e passa também pelo famoso sobreiro de Águas de Moura, ao longo de 11,5 quilómetros com sinalética própria. É o primeiro percurso pedestre e ciclável de enoturismo na Península de Setúbal e convida a conhecer cinco adegas, durante todo o ano, nas freguesias de Poceirão e Marateca.

O percurso encontra-se sinalizado no terreno e passa por cinco adegas (Fotografia: CM Palmela)

A sugestão da Rota dos Vinhos da Península de Setúbal, que criou esta Pequena Rota circular, é começar em Fernando Pó, uma aldeia com forte tradição vinícola, visitando a Fernão Pó Adega. Adiante, surge a adega da Casa Dupó. A terceira paragem é na Casa Ermelinda Freitas, cujo edifício marca, imponente, a paisagem. O percurso leva depois à Filipe Palhoça Vinhos e a um brinde com moscatel.

A Quinta do Monte Alegre encontra-se fora do percurso sinalizado, por isso sugere-se a deslocação de bicicleta ou de carro, retornando ao ponto inicial. Conhecer as histórias destas famílias vitivinícolas, das quintas e da produção é apenas uma componente do percurso – apreciando a paisagem e o silêncio, consegue-se também ouvir aves como trepadeiras azuis, gaios e pintassilgos.

Descubra aqui os roteiros da Evasões por Palmela, arredores e Azeitão.

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Em Beja há passeios para descobrir os sabores e tradições “com vagar”

Património, tradições e gastronomia dão o mote a cinco roteiros temáticos para descobrir a imensa planície alentejana, dos 2500 anos de história de Beja ao curso do rio Guadiana. AR

Seja à volta do barro e da cal, do rio Guadiana, do pão, da biodiversidade do montado e da grande planície, são cinco os roteiros temáticos propostos para conhecer Beja “com vagar”, a mais recente iniciativa turística do município. Cada roteiro engloba sugestões do que fazer, ver, visitar e onde comer ao longo de dois dias, e naturalmente os visitantes têm liberdade para os adaptar a gosto.

Há cinco roteiros temáticos, um deles sobre o pão alentejano (Fotografia: DR)

O roteiro à volta do barro e da cal, por exemplo, segue os caminhos da cal – “a pele das casas brancas” – com passagem pela desativada pedreira de Trigaches. Sugere, também, uma visita à Herdade da Figueirinha para provar vinhos e azeites e o almoço num de vários restaurantes em localidades próximas. De tarde, pode-se visitar a olaria que sobrevive ainda em Beringel, antigo centro oleiro do país.

Igualmente virado para o exterior, mas fluvial, o roteiro à volta do Guadiana convida, entre outras atividades, a descer o rio em caiaque, fazer uma prova de vinhos na Herdade do Vau e mergulhar ao pôr do sol na Praia Fluvial dos Cinco Reis. Já o Agroturismo Xistos, colado ao Parque Natural do Vale do Guadiana e em plena Reserva Ecológica Nacional, é uma boa opção para dormir perto da natureza.

Venha a Beja com Vagar
Tel.: 284311913
Web: cm-beja.pt

 

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Caminhar à descoberta da Ponta de São Lourenço, na Madeira

Quem procura fazer mais passeios ao ar livre em 2022 pode adicionar aos planos esta península no extremo oriental da ilha da Madeira. Por entre altas falésias e uma paisagem árida. AC

Apesar de contrastar com o verde dominante da ilha, a ponta de São Lourenço, que vai buscar o nome à caravela de João Gonçalves Zarco, um dos três descobridores da Madeira, proporciona um dos mais belos passeios. O trilho começa no Caniçal e segue os contornos da península de paisagem árida e altas falésias, ao longo de três quilómetros.

O oceano acompanhar quase todo o percurso
(Fotografia: Diana Quintela/Global Imagens)

A longa caminhada demora cerca de duas horas e meia e o calor pode torná-la ainda mais exigente, pelo que o ideal é arrancar na frescura da manhã. O cenário, composto pelo mar imenso a rodear aquele braço vulcânico e as silhuetas das ilhas Desertas e de Porto Santo no horizonte, compensa, de alguma forma, o esforço.

No final do percurso, antes da subida ao Pico do Furado – para mais vistas deslumbrantes – a Casa do Sardinha assemelha-se a um oásis aos caminhantes sequiosos e famintos, que ali descansam antes do regresso.

Num registo diferente, mas igualmente admirável, a paisagem imponente da floresta Laurissilva, que cobre as zonas altas do norte da ilha, oferece outra bela experiência na natureza.

(Fotografia: Paulo Spranger/Global Imagens)

(Fotografia: Diana Quintela/Global Imagens)

Na hora de revigorar o corpo, em ambiente de luxo, a escolha pode incidir sobre o Belmond Reid’s Palace, com o seu restaurante William, detentor de uma estrela Michelin.

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Passear por Angra do Heroísmo, entre ruas coloridas e sabores tradicionais

O espírito festivo da ilha Terceira, nos Açores, estende-se à arquitetura de Angra do Heroísmo, cidade classificada como Património Mundial. As fachadas coloridas pedem um passeio a pé pelo centro – com paragens para comprar doces e especiarias. CF

Se há ilha açoriana associada às festas, é a Terceira. E esse espírito alegre transparece também na arquitetura de Angra do Heroísmo, classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. O centro da cidade é um encanto para os olhos, muito graças às fachadas coloridas de casas e monumentos – com destaque para as igrejas, que vão do azul claro ao rosa salmonado.

Anda-se de olhos erguidos a admirar pormenores como as varandas e as portas e janelas emolduradas, por exemplo, na Rua Direita, que conserva um negócio familiar iniciado em fins do século XIX. É a mercearia Basílio Simões & Irmão, com aroma a especiarias – entre elas, a pimenta da Jamaica em grão, muito usada por ali. Esse e outros produtos vendidos a granel integram uma oferta vasta, que compreende desde rações até vassouras e limpa-pratas.

Outro sítio onde vale a pena entrar é a pastelaria com fabrico próprio O Forno, na Rua de São João. Nas montras há vários doces tradicionais com nomes curiosos, como rochedos, caretas ou camafeus; mas o que sai mais, segundo a proprietária, Ana Maria Costa, é o bolo D. Amélia, feito com farinha de milho, mel de cana e especiarias. Mais alegrias para o caminho – que pode bem desembocar no novo aparthotel The Shipyard, para uma noite de repouso.

Ana Maria Costa, d’ O Forno. (Fotografias: Artur Machado/Global Imagens)

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Dar a volta à ilha de Santa Maria a pé: um passeio para 2022

Talvez seja a melhor forma de ser conquistado por este bocado de terra plantado no Atlântico, a que falta alguma da exuberância verdejante das outras ilhas do arquipélago dos Açores. Na ilha de Santa Maria primeiro estranha-se, depois entranha-se. PF

Santa Maria não nos apaixona à primeira, mas quando lhe viramos costas já estamos a pensar voltar. Descobri-la a caminhar, seguindo o trilho da grande rota, ao longo de 80 quilómetros, durante cinco dias, por locais onde só se consegue chegar a pé, é aposta ganha. O deslumbramento surpreende a cada passo.

São Lourenço, na ilha de Santa Maria, nos Açores (Fotografia de Pedro Correia/Global Imagens)

Dividido em troços que vão dos 10 quilómetros para o primeiro dia, até aos 22 na derradeira jornada, o trilho está delineado de forma a que todos os dias seja possível dar um mergulho no oceano. Na praia Formosa, nas piscinas naturais da Maia ou dos Anjos, na paradisíaca praia da baía de S. Lourenço, aninhada ao fundo das vinhas plantadas entre pequenos muros de pedra. Depois da descida ao paraíso, é sempre necessário votar a subir o monte. Vale a pena o esforço, mas quem se lançar à aventura deve partir consciente da necessidade de boa preparação física.

Para dormir, os abrigos da Ilha a Pé, um projeto de um francês e de uma mariense, são uma boa escolha. Antigos palheiros recuperados com o que é necessário para um banho revigorante e uma noite confortável, sem agredir a natureza. A eletricidade vem do sol, a sanita em vez de água usa serrim. Garantido está o descanso, um pôr do sol inesquecível e o silêncio apenas interrompido pelo cantar dos cagarros.

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