Portugal ganha 4 estrelas Michelin: esta é a lista completa

O Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, vestiu-se de vermelho para receber a gala ibérica do Guia Michelin. Portugal ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia das trinta estrelas. E o interior, finalmente, ganhou um lugar no mapa da alta cozinha. Veja mais na galeria.

Estavam prometidas novidades. E a expectativa era grande, afinal, esta foi nada menos do que a primeira vez que o Guia Michelin Portugal-Espanha apresentou a sua gala em solo português. O resultado não foi tão generoso como se antevia, ainda assim a edição de 2019 do cobiçado guia vermelho trouxe boas notícias ao mapa gastronómico nacional. Desde logo, porque não houve perda de estrelas – todos os 23 restaurantes distinguidos na edição de 2018 se manterão tal como estavam na deste ano. Com uma exceção.

Uma boa exceção: o Alma, de Henrique Sá Pessoa, que conquistou a sua primeira estrela há dois anos, ascendeu ao patamar das duas estrelas, categoria onde ombreia agora com o Belcanto de José Avillez (que, apesar do que se falava, ainda não alcançou a terceira), também em Lisboa; o Il Gallo D’Oro, no Funchal; os algarvios Vila Joya e Ocean (este também um sério candidato à classificação máxima que tarda em vir); e o The Yeatman, em Vila Nova de Gaia.

Veja na fotogaleria todos os vencedores e os links para os artigos da Evasões onde os pode conhecer melhor.

No que toca a estreantes na constelação Michelin, há três novidades. A mais impactante de todas deve-se aos irmãos Gonçalves (ou Geadas, como são conhecidos), Óscar e António, chefe de cozinha e chefe de sala, que ousaram fazer alta cozinha em Bragança, tomando as rédeas da Pousada local, onde instalaram o restaurante autoral G. É a estrela mais interior que a Michelin cravou no mapa português desde que A Bolota, em Elvas, perdeu o selo, em 1993.

O Norte tem mais um motivo para sorrir. Guimarães ganhou a sua primeira estrela, entregue ao restaurante A Cozinha, de António Loureiro. «Uma inevitabilidade», já havia previsto o crítico Fernando Melo, no website da Evasões.

A fechar a lista de novidades, outro feito inédito. Dois, na verdade: o Midori, o restaurante de alta cozinha japonesa que Pedro Almeida comanda no Penha Longa (Sintra), tornou-se o primeiro asiático com uma estrela em Portugal. Fica no Penha Longa Resort, que assim passa a ser o primeiro hotel nacional a ostentar dois restaurantes estrelados – o Lab, de Sergi Arola, entrou para a lista em 2017.

Do lado das promoções que ficaram por cumprir, a par do Belcanto e do Ocean, ficou também a já muito vaticinada ascensão à segunda estrela de João Rodrigues e do seu Feitoria (no Altis Belém, Lisboa), do São Gabriel de Leonel Pereira (Vale do Lobo, Algarve) e da Casa de Chá da Boa Nova, de Rui Paula (Leça da Palmeira). Teremos sempre o próximo ano. Há que aguardar com otimismo.

 

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