Depois de duas petições online terem sido criadas apelando ao «encerramento» e «boicote total» da discoteca Urban Beach [uma delas com mais de oito mil assinaturas], em Lisboa, sequência da divulgação de um vídeo onde se vê dois seguranças daquele espaço a agredir dois jovens, uma nova petição foi agora criada para o efeito contrário, pedindo empatia para quem ficou sem trabalho na discoteca e restaurante que compõem o espaço, que recebeu 38 queixas na PSP desde o início de 2017 sobre alegadas práticas violentas ou discriminatórias.
«O Urban Beach fechou por uma situação que continua a não ter desculpa. Mas os responsáveis já estão a ser castigados por isso. E a nossa pergunta todos os fins de semana é: onde vamos sair hoje? O Urban fechou e agora onde nos divertimos? […]Quermos o Urban de volta. Por nós e pelos 200 trabalhadores que ficaram sem trabalho [e] que estão desejosos para poder voltar à sua segunda casa», lê-se na entrada da nova petição, em solidariedade com os funcionários da discoteca, que inclui o restaurante de sushi Sakana, e que estão encerrados desde 3 de novembro, dia seguinte ao da divulgação do vídeo com as agressões, por ordem do Ministério da Administração Interna (MAI).
O grupo K, dono do Urban Beach, já interpôs, entretanto um processo cautelar para tentar reverter a decisão do MAI e o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa já decretou a prisão preventiva para dois dos seguranças da discoteca, indiciados de tentativa de homicídio qualificado na forma atentada.
Leia também:
7 músicos internacionais que se inspiraram em Lisboa
Porto ganha novo café de produtos biológicos
Numa antiga tipografia nasceu um restaurante do mundo