Restaurante de Queluz abre conta corrente para doar sopas a quem precisa

O Ao Monte tem sopas para dar a quem mais precisa. (Fotografia: Facebook Ao Monte/DR)
Jorge Afonso, dono do restaurante de comida portuguesa Ao Monte, em Monte Abraão (Queluz), decidiu abrir uma conta corrente de sopas. Cada pessoa pode contribuir com o valor das sopas que quiser, e quem precisar pode ir buscá-las sem ser alvo de perguntas.

Sob o lema “sopas para todos”, o restaurante Ao Monte, em Monte Abraão (Queluz, Sintra) decidiu arregaçar as mangas neste período difícil e abrir uma conta corrente de sopas para ajudar quem se vê a braços com dificuldades. A ideia é que cada pessoa possa ir ao estabelecimento contribuir com o valor do número de sopas que quiser, e que quem delas precisar possa ir buscá-las sem qualquer custo, entre as 12h e as 15h.

O interior do restaurante. (Fotografia: DR)

“Vou fazer uma conta corrente de sopas pagas. Enquanto houver sopas as pessoas podem vir buscá-las”, explicou Jorge Afonso, dono do restaurante, à Evasões. A iniciativa, divulgada nas redes sociais Facebook e Instagram, está em vigor desde quarta-feira, 27 de janeiro, mas não tem tido muita adesão. “As pessoas com fome não se alimentam no Facebook, ou podem não ver”, diz.

Para divulgar a um maior número de pessoas, o proprietário do Ao Monte – restaurante situado na Praceta Abraão em frente à igreja – decidiu distribuir folhetos pelo comércio local, como talhos e mercearias. Por outro lado, os telefonemas não têm parado de chegar, sobretudo por parte de quem quer contribuir monetariamente para a ação. “Pasmado com o alcance” da ideia, Jorge decidiu então abrir a tal conta corrente de sopas.

O bife à café é uma interpretação do original bife à Marrare. (Fotografia: DR)

Jorge Afonso lidera a gerência do restaurante Ao Monte desde há três anos, depois de ter pegado no que era uma casa de comida alentejana. “As nossas especialidades são o bife à café, bacalhau à Braga, polvo à lagareiro, lombinhos de porco preto com molho de mostarda dijon e cabrito assado no forno”, conta, acrescentando que “mais de metade dos clientes” vem de Lisboa, Cascais e outros concelhos.

Encerrado por causa da pandemia, o Ao Monte mantém-se, contudo, a trabalhar em regime de take-away, com uma dezena de sugestões de pratos diários a 6 euros, uma sopa do dia e outras especialidades da casa a partir de 9,60 euros. Cozido à portuguesa e feijoada de chocos são alguns dos pratos que podem ser vendidos como prato do dia. No Algarve, uma padaria tomou iniciativa semelhante e decidiu doar pão fresco às famílias que precisam.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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