Kátia Silva, arquiteta, deixou o emprego de 12 anos numa multinacional da construção e metalomecânica e, traço a traço, desenhou quatro cabanas mesmo ao pé da casa onde a família se encontrava aos fins de semanas, longe da agitação da cidade. «Saí da empresa e disse: ‘vamos lá dar a volta à vida’», recorda. A ideia de avançar com um negócio de turismo rural morava há algum tempo na cabeça do pai Carlos Silva, engenheiro civil. Um sonho que se concretizou. A casa cresceu para receber hóspedes e as cabanas foram construídas no pinhal com vista panorâmica sobre o vale do Vouga e montanhas ao redor. Mais abaixo, corre o rio Vouga.
«São casas simples com todo o conforto», resume Kátia Silva. Madeira por fora, algumas paredes em pedra e mobiliário moderno por dentro. Cabanas com ar rústico e toques requintados. Todas construídas de raiz com sala de estar com sofá, televisão, salamandra, e kitchenette com frigorífico e micro-ondas.
Os quartos têm vista para a imensidão do vale e para serras e há sótãos no piso de cima com janelas no teto para observar o céu e as estrelas. Nas varandas há cama de rede e churrasqueira. São casas de campo com o conforto da cidade, no meio da natureza, e com os nomes dos quatro netos de Carlos Silva: Mariana, Diana, Miguel e Gabriela. Há ainda um quarto duplo com o nome do patriarca e da matriarca: Carlos e Fátima.
O espaço, que tem capacidade para 24 pessoas, encontra-se num cenário sossegado com vistas desafogadas. Os equipamentos são muitos: piscina rodeada de espreguiçadeiras, banheira de hidromassagem ao ar livre, campo de ténis e, não fosse isto uma quinta, há quatro gatos da casa que passeiam à vontade. Mas também um galinheiro de onde vêm os ovos para os pequenos-almoços servidos numa sala comum junto à piscina, numa extensão da casa da família. Compotas, bolos caseiros, queijos, fruta fresca, ovos caseiros mexidos, fazem parte do menu da primeira refeição do dia. Até às 19h00 podem ser solicitadas refeições ligeiras.
O rio Vouga, mais farto depois da construção da barragem, fica perto dali, é só ir descendo, estrada a estrada. Seria um desperdício não aproveitar o curso de água. Por isso, a família Silva organiza atividades no rio, passeios com merenda incluída, ski aquático, mergulhos (35 euros por pessoa) em pequenos barcos. Mais uma forma de contacto com o que a natureza oferece ali bem perto.
Bicicletas
Uma das entradas da Ecopista do Vouga fica a dois passos da casa de turismo rural que aluga bicicletas a 5 euros por dia. A ecopista tem mais de 10 quilómetros com túneis, pontes, montes. Para fazer a pé ou em duas rodas.
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