«Criámos uma tipologia de quarto mais qualificada em que o espaço é privado mas com o espírito de hostel», explica Rita Corrêa Figueira do The Passenger Hostel, um estabelecimento hoteleiro no centro do Porto com pouco mais de 6 meses de vida e que conta com dois andares de alojamento: o Piso 2 com as típicas camaratas em que o valor cobrado é à cama e o Piso 1 onde os quartos são privados, com capacidade até cinco pessoas (dependendo do número da porta), e onde é possível a uma família comum (ou um pequeno grupo) dormir com privacidade.
Esses quartos privados (nove no total) são compostos por uma cama de casal que se situa num mezanino e beliches ou camas de gavetão ou sofás camas que se situam debaixo dessa estrutura construída de propósito para o efeito. O pé direito de mais de 4 metros da ala norte da estação de comboios de São Bento permitiu criar a engenhosa solução, dividir espaços e fazendo destes quartos privados quase, quase apartamentos. Dentro de portas faltam as casas de banho e a cozinha que ficam do outro lado do corredor, à mão de semear.
Rita desenvolve o que é a experiência hostel que, apesar de privados, estes quartos parecem permitir ter e que se distingue da estada num hotel: «Num hostel, as pessoas trocam experiências entre si, têm um relacionamento mais próximo do staff». É por isso que os espaços comuns do The Passenger Hostel são muito amplos e têm várias valências, a começar pelo generoso lobby, logo no piso inferior, com amplos sofás, bar, cafetaria e internet grátis.
Para quem quer uma experiência de hostel-hostel estão as camaratas do Piso 2 que variam entre femininas, masculinas e mistas. Os beliches aqui são estruturas fixas em madeira maciça, presas à parede, com três camas individuais de proporções muito generosas, luzes individuais e cortinas grossas e para permitir ter, ainda assim, alguma privacidade e controlo do sono.
«Ver o hostel apenas como um alojamento low cost é redutor. Acreditamos que a opção é feita sobretudo pela experiência e pelo modo diferente de viajar e estar no estrangeiro e acreditamos também que as pessoas que escolhem um hostel também gostam de qualidade e de elevado nível de serviço», refere Rita Corrêa Figueira. A gerente gosta de ver o The Passenger como um «hostel de charme» e a definição assenta ao espaço. Do serviço, à arquitetura e ao design do espaço é visível o cuidado com que tudo foi feito. Este não é um lugar simplesmente para dormir de forma improvisada, é um hostel para passar uma temporada com muito conforto.
Se o convívio é uma das razões que leva os viajantes a procurarem hostels, na visão da equipa que fundou o The Passenger, a este não podia faltar uma cozinha de áreas generosas, mesas corridas e espaço de convívio para ficar à conversa horas e horas depois do jantar. Efetivamente, é o que acontece na cozinha comum do Piso 3 que tem todas as valências necessárias à autonomia gastronómica dos hóspedes com fogão, frigorífico, utensílios, pratos e talheres. É também aqui que são servidos os pequenos-almoços da responsabilidade do The Passenger e que são uma belíssima experiência e uma excelente forma de começar o dia. O Porto está logo ali, à saída da porta. E o Douro inteiro, a um bilhete de comboio de distância.
Longitude : -8.610228000000006
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