Quais os segredos para uma boa cama de hotel?

Dormir num hotel tem em conta muito mais do que a estética da cama. A qualidade do colchão, os fios dos lençóis, o enchimento das almofadas e até a escolha da cor branca são fatores de distinção de uma boa cama de hotel.

Quem nunca se lançou para a cama de um quarto de hotel, à chegada, que atire a primeira almofada. Uma nuvem branca, sem vincos, com uma boa dose de almofadas, lençóis macios e edredão também ele branco, é no geral a expectativa quando de se fala de uma noite de sonho (e sono) num bom alojamento. Mas, afinal, porque é tão diferente dormir numa cama de hotel do que em casa?

Além dos motivos mais óbvios – estar em lazer, ter um serviço atencioso à disposição e, claro, a cama feita –, tudo começa no colchão. Mais importante do que ter ou não molas, é que a estrutura seja confortável e que permita «a cada hóspede movimentar-se sem incomodar o parceiro durante o sono», explica Cláudia Leite, responsável pelo departamento de housekeeping do Conrad Algarve. Quem seleciona os colchões é a Hilton, o grupo-mãe ao qual pertence o hotel de luxo, sendo que o mesmo acontece com outras cadeias hoteleiras. É o caso da Four Seasons, que tem inclusive o seu próprio modelo de colchão para venda em cada um dos hotéis, espalhados pelo mundo. «Temos neste momento uma cama queen para entrega», revela o gabinete de comunicação do Four Seasons Hotel Ritz Lisboa.

Também o grupo Sana (que é também detentor das marcas Myriad, Epic Sana e Evolution) tem a sua Sana Bed, que começou a ser implementada nos hotéis de quatro e cinco estrelas em 2014; já o Vila Vita Parc, no Algarve, utiliza colchões de uma prestigiada marca internacional, mas também vende as suas camas. «Uma foi adquirida por 10 mil euros», confidencia a responsável pela comunicação.

 

 

Independentemente do tipo de marca e características, todos concordam que o conforto de um bom colchão é um elemento que o cliente nunca esquece. Mais firmeza ou suavidade consegue-se através dos também muito usados sobrecolchões (ou toppers), que o cliente pode escolher em muitos dos hotéis deste segmento de luxo – casos do Conrad e do Ritz Four Seasons –, criando assim a sua própria experiência.

Não menos importante é a seleção das almofadas. Os setups variam, quase sempre, entre quatro a seis modelos para o hóspede poder utilizar à vontade e escolher o que mais lhe agrada. No Myriad, por exemplo, só se utilizam almofadas (e edredões) de penas, para ajudar a manter a temperatura do corpo e tornar a experiência próxima de dormir nas nuvens. «O corpo gera cerca de dois decilitros de humidade todas as noites e o tecido que usamos permite criar um sistema natural que absorve a humidade e proporciona um descanso saudável», conta o diretor Nuno Braga Lopes. Há sempre várias à escolha, incluindo antialérgicas, nestes hotéis. «Temos enchimentos com folhas de milho, borracha, espuma, mais firmes ou mais baixas, sempre disponíveis», explica Matilde Broadway, responsável pelo housekeeping do Four Seasons Hotel Ritz Lisboa. «Uma vez tivemos um casal que nos chegou a pedir 12 ortopédicas», acrescenta ainda.

A roupa de cama tem também os seus critérios: mais de 300 fios de algodão é sinal de lençóis de boa qualidade, de uma sensação de «ninho de lã», como refere Cláudia Leite, do Conrad. O algodão egípcio tem também uma clara preferência entre as unidades de luxo, além da cor: o branco. E porquê esta cor, que tanto abunda pelos quartos de hotel? «A opção do branco é por ser uma cor neutra, que não vai interferir com a nossa decoração», sublinha um porta-voz dos hotéis Intercontinental em Lisboa e no Estoril. Já no Pestana Palace, em Lisboa, fala-se de a cor estar «associada à frescura, calma, limpeza e adequada a um sono calmo». O que pedir mais na hora de dormir?

 

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