Dormir com vista para as ilhas de São Jorge e do Pico

Talvez sem este boom turístico não houvesse espaço para locais como este Pico da Vigia, localizado na freguesia de Santa Bárbara, a dez minutos de Angra do Heroísmo. Ilha? Terceira. Só a vista vale a viagem.

Há muito que o arquipélago dos Açores deixou de ser um segredo bem guardado, uma espécie de paraíso cuja beleza todos ouviam falar, mas que poucos conheciam, ainda assim o turismo não lhe retirou o encanto. Pelo menos para já… E talvez sem este boom turístico não houvesse espaço para locais como este Pico da Vigia, localizado na freguesia de Santa Bárbara, a dez minutos de Angra do Heroísmo. Ilha? Terceira. Só a vista vale a viagem.

Seja do terraço, da piscina e até da banheira (há uma enorme superfície em vidro na casa de banho) é possível ver as ilhas de São Jorge e do Pico. Mas este turismo rural – ou de charme, se assim preferirem – é muito mais do que a vista. Da decoração aos serviços, tudo foi pensado ao pormenor. Exclusividade, simplicidade, arquitetura e tradição, tudo de mãos dadas, mas sem forçar a harmonia. Sem ostentação. As paredes exteriores são em basalto, inspirado nos palheiros típicos da ilha, já o interior junta peças exclusivas a peças tradicionais. Algumas delas têm mesmo a assinatura de Siza Vieira. Meia dúzia de casas, com três tipologias distintas (de T0 a T2) quase todas elas em formato open space, sem divisões e um relvado independente com 900 m2. E ainda gira discos de vinil, forno a lenha e pequena cozinha equipada, produtos no frigorifico e pão fresco todas as manhãs.

Além da vista para o mar há também vista para a serra de Santa Bárbara. A Terceira pode não ter a fama e riqueza geológica de outras ilhas do arquipélago mas reserva algumas surpresas, não tivesse a maior área de mancha endémica dos Açores. Esta serra é uma delas. Há vários trilhos pedestres que podem ser feitos sem guia, mas o que leva até à cratera do vulcão é especial, apesar de ser preciso companhia especializada – a empresa Comunicair (comunicare.pt) é uma boa opção.

A alcatra de peixe é um dos pratos maiores do restaurante Boca Negra, em Porto Judeu. (Fotografia de Fernando Marques)


Onde comer


BOCA NEGRA

Fica em Porto Judeu. Quem entra desconfia – parece um simples café –, mas basta dar a primeira garfada para se perceber que se trata de um pequeno templo gastronómico. A Alcatra é a especialidade da casa. De carne, sim, mas também de peixe. Três espécies de peixe (boca negra, garoupa e safio) que chegam à mesa numa caçarola, a borbulhar, num molho… daqueles. Comida de conforto, tradicional, bem confecionada e devidamente acompanhada por pão. Não há arroz, nem batata. Para quê? José Leal Soares, o dono, também é um prato por si só, há cerca de 30 anos a trabalhar as piadas e sabores regionais.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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