Entre os jardins de Santo Tirso há vida, comida e cultura

Diz-se que será uma das cidades com maior número de espaços verdes por habitante e basta lá chegar para constatar que os parques e jardins estão por todo o lado. Mas nesta cidade de árvores e flores, também há boa comida, uma praça para sair à noite e, sobretudo, património artístico que liga o passado ao presente.

Cidade de parques e jardins, é quase impossível andar muito tempo por Santo Tirso sem atravessar um espaço verde. Parece que a terra foi criada para a fruição do ar livre, com lugares para passear, fazer desporto, brincar ou estender a toalha do piquenique. Há estatísticas a amparar esta sensação: no concelho, há duas dezenas de zonas verdes e a área florestal representa cerca de 50% do território.

Dentro dele, são visíveis as marcas da confluência entre o antigo e o novo, que convivem em harmonia. Um exemplo? Um museu de esculturas contemporâneas ao ar livre que se estende pelos jardins fronteiros a um mosteiro milenar. Entre esses invitáveis passeios, passando por alguns dos novos lugares de comer e beber e por algumas visitas ao património. Vamos então, soltar-nos por esta terra singular erguida nas margens do rio Ave, que será ainda para alguns um dos segredos a descobrir nos arredores do Porto.

Esse passeio pelo verde pode mesmo arrancar no centro da cidade, no centenário Parque D. Maria II, que inclui tudo aquilo a que se tem direito num jardim romântico: um coreto, parque infantil, um lago, um telhado de árvores frondosas, uma casa de chá e também, no seu remate, um varandim com vista. Desse miradouro vislumbra-se uma imensa paisagem ao longo das margens do rio Ave e salta logo à vista a imponência do mosteiro de São Bento, um conjunto candidato a Património da Humanidade.

No ano passado, o mosteiro ganhou vizinhança: a sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC). Lado a lado com o Museu Municipal Abade de Pedrosa e as suas coleções de arqueologia, estes projetos distintos, mas em diálogo, dos arquitetos Siza Vieira [que também assina o quartel dos bombeiros locais] e Souto Moura, tornaram-se já uma referência no panorama artístico internacional.

A dois passos dali, entrando no Parque Ribeira do Matadouro percebe-se porque foi, em 2014, destacado na World Landscape Architecture, publicação de referência da arquitetura paisagista mundial. As suas esculturas de fibra de vidro são um elemento visual marcante, e todo o percurso pelos seus cerca de 20 mil metros quadrados desafia os visitantes a uma imersão diferente pela natureza.

Já fora da cidade, encontra-se o Parque Urbano Sara Moreira, que se estende por uma mata de carvalhos e sobreiros sobranceira ao rio. Fica a uma curta distância de carro, pela estrada de Guimarães, e é um percurso prazenteiro para fazer a pé ou de bicicleta para quem for amigo do exercício – os 1,4 km do centro de Santo Tirso até lá podem fazer-se pelos Passeios da Margem do Ave. Ao longo dos seus mais de nove hectares, pode-se contar com percursos pedonais, um circuito de manutenção, um lago e um anfiteatro, campos para desportos, um parque infantil bem equipado e ainda um café com esplanada. E ainda muito espaço para fazer piqueniques.

Quem for pelo passeio junto ao Ave, vai deparar-se com a surpresa da praia urbana, um equipamento inaugurado este verão, como projeto vencedor do Participativo Jovem 2016, inspirado nos exemplos de Madrid e Paris. Com entrada gratuita, dispõe de guarda-sóis, serviço de bar e pulverizadores de água, acolhendo atividades como sessões de ginástica ao ar livre, concertos e festas temáticas. Ao leque de ofertas da cidade-jardim, que não se ficam por estas, vai juntar-se em breve o Parque Urbano de Geão, em cujos sete hectares nascerá um skate park. E, se tudo correr como previsto, mais 20 km de ciclovias.

Percorra a fotogaleria acima para conhecer espaços onde comer e beber, ficar, para visitar e sair à noite em Santo Tirso.

 

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