Dormir na Baixa do Porto rodeado pelos ofícios da cidade

Neste prédio restaurado, foram descobertas as paredes de pedra e atribuído protagonismo à claraboia. A intenção foi criar um conjunto de apartamentos que funcione como alternativa aos hotéis para ficar na Baixa do Porto, perto de tudo, mas num ambiente sofisticado.

É uma oferta paralela aos hotéis, que tem crescido em todas as cidades em escalada turística e vai surgindo cada vez com mais qualidade. Este novo conjunto de apartamentos turísticos na Baixa, chamado Oporto Near, é um bom exemplo disso. São sete apartamentos com cozinha equipada e capacidade para quatro pessoas (uma cama de casal e um sofá cama), num prédio antigo restaurado com respeito e bom gosto.

Em todos eles, decorados em estilo minimalista e contemporâneo, com acabamentos a tocar no luxuoso, sobressai sempre um apontamento alusivo às artes e ofícios da cidade e da região, como os azulejos, a chapelaria, a cortiça, o vinho ou a festa de São João. Destacam-se ainda algumas peças singulares, nomeadamente os candeeiros.

A reabilitação do prédio, que fica numa pequena rua de passagem, que liga a zona do Campo 24 de agosto à de rua de Santo Ildefonso e aos Poveiros, é um investimento familiar. Foi Luís Ferreira quem investiu no edifício e apostou num restauro que lhe devolveu alguma nobreza, deixando à mostra paredes de pedra outrora tapadas e tornando a lindíssima claraboia num eixo central da arquitetura. A existência de um apartamento de mobilidade facilitada, no rés-do-chão, deve-se ao facto de Luís ser professor de educação física e treinar atletas com deficiência.

Os sete apartamentos distribuem-se pelos dois lados da escadaria em elipse, até ao topo do edifício aquele que tem mais graça fica no último andar, com o seu interior a rodear o corpo da clarabóia essa abertura no teto, um traço arquitetónico muito comum nestes edifícios antigos do Porto, dá um encanto acrescido à escadaria, tanto pela delicadeza do estuque, como por toda a luz natural que faz entrar – e que é ampliada pelo branco das paredes.

A arquitetura e decoração de interiores ficaram a cargo de Filipa Namora e Cristina Mata, empenhadas em criar um ambiente de luxo que amparasse uma estadia informal. Esse ambiente contrasta até com aquela zona bem popular do Porto, como é aquela ali no Bonfim. Esse contraste é interessante à vista e essa vista existe: os apartamentos superiores são virados à rua e têm todos grandes janelas, que vão quase de parede a parede, e por onde entra também muita luz.

Os preços, que começam nos 45 euros por noite, são mais altos para estes apartamentos, com o preço máximo a ser cobrado pelo apartamento do topo do edifício. As entradas e saídas são todas controladas por um código. Pode dizer-se que esta é uma boa alternativa de alojamento no Porto para quem não quer ficar num hotel, para famílias ou grupos de amigos, nomeadamente aqueles que preferem dispensar o carro – já que ali há metro e comboio bem perto.

 

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