Leiria: como aproveitar este fim de semana grande

Saiba mais ao longo desta fotogaleria.

(Fotografia: Ricardo Graça/GI)

FICAR

Villas da Fonte

Deixar a cidade ao final do dia e rumar em direção à praia do Pedrógão é o caminho ideal para chegar a Monte Redondo, e depois ao lugar da Aroeira, onde fica o Villas da Fonte. O verde do pinhal envolve este pequeno aldeamento, a 15 quilómetros da cidade. Emília Pinto começou por construir naquele terreno «umas casinhas de madeira», mas um dia uma amiga ligada ao turismo incentivou-a a avançar para o hotel. «Este é um espaço sobretudo para famílias e casais, um lugar de tranquilidade», conta Emília, que desde 2014 já acrescentou ao projeto um restaurante (aberto a não hóspedes) e um bar. Um total de dez bungalows (muito procurados por famílias, por terem capacidade para seis pessoas) e cinco quartos compõem o hotel.

COMPRAR

Arquivo – Bens Culturais

Há sempre tesouros guardados na Arquivo – Bens Culturais. À primeira vista pode parecer apenas uma livraria, mas ao entrar percebe-se que guarda um mundo inteiro. Os livros fazem sempre companhia às exposições, às apresentações, aos debates, ao clube de fotografia e ao de leitura, tudo enquadrado numa agenda cultural que chega a todas as idades, com programas que pensam no público desde a infância à terceira idade. Na cafetaria as sanduíches homenageiam os escritores portugueses. Vale a pena provar uma Almada Negreiros, ou a Mário de Sá Carneiro, a Fernando Pessoa, Al Berto ou Luís de Camões. Para além disso, a Arquivo é representante de várias marcas no universo da papelaria, e conta com um espaço dedicado à joalharia portuguesa.

COMER

Ao Largo - Comida & Amigos

«Todos os dias há uma carta nova», conta Sofia Xavier, que no ano passado deixou a paginação do Diário de Notícias para se dedicar a este sonho antigo. Ao lado do irmão Miguel Xavier, da cunhada Joana Areia e do amigo Arlindo Cid, criou o restaurante Ao Largo, mesmo em frente ao Mercado de Santana. «Sempre quis ter uma tasca», diz. Agora passa os dias a desenhar a felicidade de quem se senta naqueles 32 lugares da sala, que faz jus ao lema, «comida e amigos». Destaque para o atum braseado, a alheira com ovo de codorniz e grelos, a morcela de arroz com pimento. E para os doces caseiros, claro.

COMPRAR

Labuta

As coleções são inspiradas nas mais diversas profissões, o calçado é todo produzido na Benedita (Alcobaça) e é ali, no primeiro andar de um antigo edifício da Rua Tenente Valadim que fica a loja de fábrica, o show room. Pedro Olaio é o mentor desta ideia, numa parceria com outros dois sócios, que apostam tudo em quem pretende «adquirir não só uns sapatos, mas toda uma história e uma filosofia agregada». Nas estantes há sapatos e botas com nome de florista, embaixador, lavadeira, monge, executivo, escritor. E também jeans, cintos e outros acessórios.

(Fotografia: Henriques da Cunha/GI)

VISITAR

Museu de Leiria

O projeto demorou muitos anos a concretizar, mas valeu a pena. Fica no convento de Santo Agostinho e divide-se em dois espaços para exposições. Ali convive uma «rica e densa floresta de objetos, acontecimentos e mitos, que definem uma identidade central do País», lê-se no website do Município de Leiria. Merecem destaque a parte de paleontologia e o Menino do Lapedo (fóssil de uma criança que remonta ao Paleolítico Superior Inicial, encontrado no Vale do Lapedo, em 1998). A exposição temporária em exibição debruça-se sobre os 5 mil anos da ocupação do morro onde se encontra o Castelo de Leiria.

COMER

Mata Bicho - Real Taverna

Na Praça Rodrigues Lobo cheira a petingas em molho de escabeche, arroz de tomate, pataniscas de bacalhau. Os petiscos colaram-se à imagem da casa, há quem não prescinda deles ao final do dia, na esplanada que mora ali o ano inteiro, fintando o inverno. Mas há um rol de especialidades naquela Taverna, para saborear ao jantar: arroz de garoupa, polvo à lagareiro, cataplana do mar. Depois há o forno a lenha, sempre pronto a fazer estalar uma piza. Ou ainda a opção do almoço, com uma sugestão do dia. Entre a ampla sala do edifício Zúquete (que até ao século XIX foi o palácio dos marqueses de Vila Real) e a esplanada da Praça, há capacidade para servir 80 pessoas. «Atualmente metade dos nossos clientes são turistas», conta Vasco Ferreira, o proprietário, que não raras vezes encaminha uns e outros para outras experiências, no vizinho Chico Lobo.

SAIR

Mulligan’s – Bar Irlandês

Aquele que é um dos bares mais procurados de Leiria retirou inspiração dos pubs irlandeses. O dilema aqui é o que comer, quando se olha para aquela ementa recheada de hambúrgueres caseiros (mesmo), pregos, bifanas ou chili. E esse, ninguém consegue apenas provar. Ali há boa comida, cerveja diversa (marca própria e muitas outras), uma decoração que convida a ficar, tudo pensado ao pormenor pelas irmãs Liliana e Regina Ponces, que trocaram Lisboa por Leiria e recriaram um pub na zona antiga da cidade. De vez em quando há música ao vivo, pelo que é sempre de contar com a possibilidade de animação extra.