Um hotel em Évora para petiscar… e mergulhar

É símbolo de modernidade no centro histórico, mas já está a caminho de se tornar um clássico, com quase uma década de vida. Recusa-se, porém, a parar no tempo: além da tranquilidade, conforto e bom gosto que se conhece, para este verão, o M'Ar de Ar Aqueduto tem uma novidade, um restaurante de convívio petisqueiro.

Da adaptação do antigo Palácio dos Sepúlveda, edifício quinhentista, o M’Ar de Ar Aqueduto tornou-se uma referência na região – desde que abriu em 2008. Este cinco estrelas está, praticamente, lado a lado com o «irmão mais velho», o Muralhas, e ambos gozam do privilégio que é estar no centro histórico de Évora. O caçula está de caras para o icónico aqueduto Água de Prata – daí o nome – e é nele que mergulhamos com toda a calma.

Tranquilidade é parte do espírito deste boutique hotel que soube preservar o património e adaptá-lo ao contemporâneo. Na fachada principal não passam despercebidas as três janelas em estilo manuelino. Depois, surge o teto em abóbadas, recuperado, entre a receção e o restaurante. Do restaurante há muito para se dizer, mas já lá vamos. Antes, mais umas braçadas pelo interior do hotel, atravessando o edifício moderno, envidraçado, onde está o spa de 220 metros quadrados e a maioria dos 64 quartos: tanto se pode acordar virado para o aqueduto como a espreitar o centro da cidade, ou para o jardim que aproxima o acesso à piscina.

E numa terra onde o calor aumenta sem surpresa, mais do que estar à sombra, quer-se tomar uns banhos para refrescar. O hotel não é demasiado grande, mas é o suficiente para não faltar espaço para se estar, seja no jardim, no terraço do bar num primeiro andar ou na esplanada do restaurante.

É também à mesa que se perde a noção do tempo. Uma das novidades é o restaurante Degust’Ar Bistro, mais informal do que o principal – o Degust’Ar –, e pensado para servir petiscos: sabores do Alentejo, alguns reinventados, mas sem perder a essência. À frente da coordenação dos restaurantes dos dois hotéis M’AR de Ar está o chef António Nobre, referência de norte a sul do país. Já quase perdeu a conta aos anos em que ali trabalha: «são muitos, há 17 ou 18», diz, com o seu ar bem disposto. Depois de uma renovação da carta do restaurante, onde havia muita aceitação pelos pratos para partilhar, «quisemos dar uma nova vida a um “cantinho” para servir os petiscos».

A lógica é poderem ser servidos durante a tarde, por exemplo, quando o cliente tem «fome ou vontade». Pede um copo de vinho – de uma garrafeira recheada de bons nomes, note-se – e algo para picar. Para o chef, este é o resultado de várias ideias, de idas aos mercados, às peixarias, aproveitando os produtores e produtos locais. É fácil cair na tentação de querer provar só mais um prato, só mais um pouco disto e daquilo. Tábuas de queijos e enchidos, ovos mexidos com espargos verdes, picapau de lombo de novilho, moelas de borrego fritas, secretos de porco alentejano. Quem resiste?

 

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