Este hotel de Coimbra presta homenagem a escritores

O Sapientia Boutique Hotel nasceu da recuperação de três edifícios dos séculos XVIII e XIX, junto à Universidade de Coimbra, na zona classificada como Património Mundial. Fotografia: Maria João Gala/GI
O Sapientia Boutique Hotel fica junto à universidade, a poucos metros da Biblioteca Joanina. Abriu há praticamente um ano, com os livros como marca, e quartos dedicados a autores.

Subindo ao rooftop «Cheio de estrelas», no Sapientia Boutique Hotel, tem-se uma vista privilegiada sobre Coimbra, o Mondego e o Pátio das Escolas, com a Torre da Universidade e a Biblioteca Joanina a escassos metros. «Para nós, é uma bênção estar ao lado da universidade; é uma localização ímpar», diz José Manuel Portugal, jornalista e ex-diretor de informação da RTP, que é um dos sócios. Os outros são a mulher, Maria Israel Portugal, professora de literatura, e um casal amigo: André Sardet, músico, e Catarina Dutra, engenheira civil.

O Sapientia («sabedoria», em latim), que abriu, há praticamente um ano, na zona classificada como Património Mundial pela UNESCO, nasceu da recuperação de três edifícios dos séculos XVIII e XIX. Um deles teve como primeiro dono Antonino Vidal, que foi professor da universidade no século XIX e produtor de vinhos, e dá nome ao vinho da casa. É em sua homenagem que, às 18h00, quando soa a Cabra, um dos sinos da Torre, os hóspedes são convidados a provar um copo. Também recebem uma bebida e um pastel de nata no check-in.

Um olhar em volta, na receção, diz logo muito sobre aquele hotel, um quatro estrelas que tem por assinatura books & wine: há um balcão que integra livros, uma parede onde se lê que «Coimbra é uma lição», e vinhos «Antonino Vidal». Logo ali fica a Tasca das Tias Camellas, que serve bebidas e refeições, e deve o nome à «tasca mais conhecida da Coimbra do século XIX», perpetuada em obras de António Nobre ou Eça de Queirós. Parte do chão é em vidro e permite ver a cisterna quinhentista descoberta durante as obras e que agora serve de garrafeira. Passa-se por cima dela a caminho do pátio, dominado por uma nogueira centenária.

O hotel tem 22 unidades de alojamento, entre quartos e apartamentos, cada uma com o nome de um escritor associado a Coimbra, como Miguel Torga, Eça de Queirós ou Vitorino Nemésio (a exceção é Fernando Pessoa), e alguma obra sua. O espaço dedicado a Ramalho Ortigão, por exemplo, é um apartamento superior com tetos altos e trabalhados, sala com sofá-cama e kitchenette, sendo que no quarto há candeeiros com livros incorporados e, por cima da cama, uma edição antiga de As farpas. «É um hotel de pormenores, com um conceito diferenciado, muito ligado à história e à cultura, mas o mais contemporâneo possível», conclui José Manuel Portugal. Um dos objetivos é «proporcionar experiências e memórias».

Experiências

O rooftop «Cheio de estrelas», com vista de 360 graus, pode ser reservado para programas especiais, como um jantar a dois, ao som de violinos, com lançamento, a quatro mãos, do «balão dos desejos». Chama-se «Só nós dois é que sabemos» e custa 400 euros.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

Leia também:

Coimbra: 8 esplanadas para os dias mais longos
Coimbra: abriu uma cafetaria com três tipos de brunch
Este novo bar em Coimbra tem um pátio com gatos




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend