Uma amizade que começou há três décadas corporizou-se agora na mais alta colina de Lisboa. Da engenharia florestal à arquitetura e às finanças, Hugo Diogo, Rui Vinagre e Afonso Polena trabalham em áreas diferentes mas tinham em comum o desejo de abrir uma guesthouse na capital. A oportunidade surgiu na Graça, pela forma de um edifício do século XIX com três pisos. Devoluto e em mau estado há vários anos, ganhou nova vida como uma guesthouse no bairro histórico da capital.
«Andámos mais de um ano à procura do sítio certo e soubemos que era este assim que o vimos», explica Rui Vinagre, um dos donos da Dona Graça. «É um edifício histórico com charme que precisava de ser reabilitado para voltar ao seu explendor», acrescenta. Simplicidade e conforto são as duas boas palavras-chave para descrever os oito apartamentos da guesthouse que abriu este verão – todos eles com quarto duplo, à exceção de um maior, que tem dois quartos. Comum a todos é a cozinha equipada e a sala, onde abundam madeiras e mármores, para além do brinde de boas-vindas à chegada: uma garrafa de vinho e uns petiscos em cima da mesa.
«A Graça foi o sítio certo porque ainda mantém o seu ambiente de bairro histórico, aquela autenticidade», realça António Polena. E, apesar de ser uma zona que tem crescido muito em serviços e turistas, as noites conseguem ser sossegadas. O estacionamento também está garantido, o que é um fator importante nesta zona da capital.
Junto à receção está uma zona de loja com produtos portugueses, do azeite ao vinho e aos sabonetes, por exemplo. E é por esta área que se passa para chegar à surpresa da Dona Graça: um tranquilo jardim nas traseiras com uma piscina, limoeiros, laranjeiras e videiras. Nos dias quentes, a piscina a mergulhos. Nos frios, descansa-se a ler um livro e beber um chá. Alguns dos apartamentos têm vista direta para a piscina, mas os restantes não se ficam atrás: vê-se o rio ou o próprio bairro, com toda a sua… Graça.
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