Museu do Azeite já abriu em Oliveira do Hospital

O Museu do Azeite abriu finalmente ao público na aldeia de Bobadela, concelho de Oliveira do Hospital. Nele se conta a história da produção de azeite desde a época romana até à atualidade.

Portugal tem um novo museu dedicado à história da produção de azeite. Fica na pequena aldeia de Bobadela, no concelho de Oliveira do Hospital, e promete atrair visitantes de todo o país – e também do estrangeiro – pela riqueza da sua exposição, que conta com peças únicas colecionadas por António Dias, empresário do setor e promotor do projeto.

O museu abriu ao público no início deste mês de dezembro e revela-se um espaço inteiramente dedicado a contar a história da produção de azeite (moagem, prensagem e decantação) desde a época romana – há cerca de dois mil anos – até à época contemporânea. O percurso expositivo faz-se por várias salas dedicadas a cada um dos períodos.

A abordagem aos visitantes é em tudo contemporânea, marcada por écrãs táteis, vídeos e pontos interativos. Há réplicas monumentais de lagares de diferentes períodos históricos e um curioso (e único) relógio a azeite pertencente à coleção de centenas de peças que António Dias, promotor do projeto, juntou ao longo dos anos.

O Museu do Azeite visto do céu. (Fotografia: DR)

António Dias é produtor de azeite desde 1986 e na verdade já tinha um lagar próximo do local onde agora abriu o Museu do Azeite. Quando começou a colecionar peças de lagares antigos, fruto da sua paixão pelo azeite, percebeu que tinha em mãos «verdadeiras peças de arte» e que um dia «tudo isso se ia perder no tempo». «Então comecei a imaginar isto», explicou, durante a apresentação do museu à imprensa, na qual a Evasões esteve presente.

Integrado numa área de construção de 1700 metros quadrados, o edifício preto e verde escuro foi desenhado de forma a enquadrar-se na natureza envolvente e está rodeado de oliveiras – uma delas com mais de mil anos, segundo António. Quando visto do céu, percebe-se que recria as formas de um ramo de oliveira com folhas e azeitonas, uma ideia original do arquiteto Vasco Teixeira.

A ideia foi envolver conceptualmente os visitantes no processo de produção do azeite, «através da ordem das salas», cujo percurso «vai naturalmente estreitando (assim como o azeite passa de um percurso mais largo até ao ‘fio’ final), até culminar na ‘libertação final’ que seria um jardim de oliveiras», explicou o arquiteto à Evasões.

António Dias – que investiu no projeto a título pessoal e com apoios de fundos comunitários do Portugal 2020 – e a filha, Alexandra Dias, estão confiantes de que não existe paralelo em Portugal ou no estrangeiro, quer a avaliar pela arquitetura do edifício, quer pelo valor e diversidade das peças que tem em exposição. A expetativa inicial é de receber 100 mil visitas no primeiro ano.

No final da visita, vale a pena subir ao restaurante Olea (cujo nome alude à espécie de oliveira mais comum em Portugal) para provar o dito néctar dourado de várias maneiras, das entradas à sobremesa, enquanto se observa o maciço da Serra da Estrela no horizonte. À saída existe também uma loja onde se pode comprar o azeite ali produzido e produtos derivados, como licor de folha de azeitona.

 

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Notícia corrigida às 15h35 de dia 13 de dezembro de 2018 relativamente à autoria do projeto de arquitetura, que pertence a Vasco Teixeira, e atualizada com informações acerca do projeto de arquitetura.

 

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