Ouvir o tinir dos ferrinhos, símbolo do folclore algarvio, no átrio do hotel é sinal de que há novos hóspedes prontos a instalarem-se. É assim que o Anantara, de ADN asiático, começa por revelar a sua profunda ligação ao Algarve, aquele que se prova num chá de alfarroba e canela e num sumo de laranja com cestos de amêndoas e figos. Feito o check-in, com recurso a um tablet, numa sala que faz esquecer o cansaço das filas, é tempo de recolher, esvaziar a cabeça e ceder o corpo ao legítimo descanso.
Os quartos fundem a atmosfera balnear do sul com o exotismo asiático, ali facilmente inspirado pelo verde luxuriante das palmeiras, e ora têm vista para uma das cinco piscinas, ora para o jardim ou para o campo de golfe. Todos com grandes camas nas varandas. Lá dentro, a sensação de conforto é transmitida pelas mobílias em madeira e pelas fibras naturais da região em tons acastanhados, beges e brancos. Foi este o resultado da modernização dos 280 quartos e suites do antigo Tivoli Victoria, que reabriu em abril de 2017 inteiramente transformado segundo a filosofia da marca tailandesa: aproveitar a autenticidade dos territórios em vez de se impôr pela arquitetura ou pela decoração.
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Esta fusão de culturas atinge um expoente máximo nas 17 suítes do hotel, equipadas com sacos de praia tecidos à mão, bases para copos feitos de cortiça e cerâmicas típicas. Tudo fabricado no Projecto Tasa, que desde 2010 tem recuperado o artesanato tradicional – à base do barro, cana, cortiça, madeira, linho, palma, vime e latoaria – dando-lhe a excelência do design funcional e contemporâneo. Quem se apaixonar pelas peças pode inclusive comprá-las numa loja no próprio hotel.
Circulando pelos corredores, cujas criações de artistas locais e bancos a lembrar as armadilhas de caça ao choco também prendem a atenção, chega-se ao Restaurante Ria, uma homenagem aos excelentes mariscos, ostras e amêijoas da ria Formosa. É com eles que o chef executivo Bruno Viegas prepara umas amêijoas à Bulhão Pato, mas também especialidades como a cataplana ou o tradicional peixe grelhado – que os hóspedes podem escolher de uma cesta de vime que um elemento da equipa apresenta de manhã na piscina. Para o almoço saber ainda melhor nada como ir ao Mercado de Loulé na companhia do chef comprar peixe, legumes e fruta e preparar tudo numa sessão de cozinha no hotel.
Em matéria de vinhos, quem brilha é o «guru do vinho» Bruno Cunha, o escanção do hotel que ministra também serviços de aconselhamento especializado, provas de vinhos e visitas a adegas mediante reserva. O restaurante Emo é, aliás, o que dedica especial atenção à componente vínica e à alta cozinha, sendo coadjuvado pelo restaurante Victoria (comida internacional), pela marisqueira Ria, pelos bares de piscina Palms, Cascade e pelo Lounge & Bar no átrio onde se servem bebidas, tapas e petiscos. De que se precisa mais para viver o sul do país em pleno?
Bem-estar e lazer
O spa tem massagens com produtos algarvios, sauna, banho turco, duche vichy, piscina interior, ginásio e centro de fitness. O hotel disponibiliza também um shuttle para a marina de Vilamoura (ida e volta) em qualquer tipo de tarifa.
Longitude : -8.141959000000043
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