O mote da celebração dos 15 anos de MIMO é Dois Ouvidos é Pouco. Isto, porque, sendo a música o principal motivo da festa, a ideia do festival é divulgar património e cultura, como acontece nas várias cidades brasileiras onde decorre ou por onde já passou, como Olinda, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio de Janeiro.
Em Amarante, não é diferente. Essa ligação existe desde o início. Além do Parque Ribeirinho onde acontecem os concertos maiores, a música, os workshops, as conversas, o cinema, passam por vários sítios, como o Museu Amadeo de Souza Cardoso, o Convento de São Gonçalo ou o Centro Cultural.
A música vem de várias partes do mundo. O Brasil destaca-se Baiana System, Otto, Dona Onete, Moacyr Luz, entre outros. De África estão presentes os moçambicanos Timbila Muzimba e Noura Mint Seymali, da Mauritânia. O jazz faz-se representar, entre outros, pelos norte-americanos Matthew Whitaker e Hudson, o super-grupo que une o génio da bateria Jack DeJohnette, o guitarrista John Scofield, o teclista John Medeski e o baixista Scott Colley.
Um dos nomes mais chamativos do cartaz é Goran Bregovic, o compositor sérvio que se tornou famoso internacionalmente pelas bandas sonoras de filmes de Emir Kusturica. Aqui, atua, como habitual, com a sua Wedding and Funeral Band. Dead Combo, Rui Veloso, Bruno Pernadas são alguns dos representantes portugueses.
O ciclo de cinema sobre música vai decorrer no Cinema Teixeira de Pascoaes e no museu, onde também haverá duas exposições integrada no evento, destacando-se a de pintura «Os Modernistas. Amigos e Contemporâneos de Amadeo de Souza-Cardoso».
Quem quiser ficar a conhecer melhor a cidade, pode participar nos roteiros guiados gratuitos, organizados pelo festival. Estes, passam pela paisagem natural e pelo património. O ponto de encontro é o Largo de São Gonçalo.
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