4 quintas da região dos vinhos verdes que vale a pena conhecer

Completou 110 anos como região demarcada a 18 de setembro mas é recente a imagem que hoje apresenta a quem a visita. Há cada vez mais quintas a produzir em rótulo próprio e a paisagem está a mudar, com largas manchas de vinhedo a cobrir o território.

«Neste território faz-se vinho desde o tempo dos romanos», diz Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. No século XVIII, a região sofreu um «sobressalto, com a demarcação do Douro e teve enormes dificuldades comerciais».Em 1908, conseguiu-se demarcar a região e a partir daí deu-se «uma afirmação do produto». Nessa altura, «vendíamos sobretudo tinto dentro da região e para as comunidades portuguesas, sobretudo no Brasil», conta. Foi só no início dos 1970 que se deu a conversão da região de tintos para brancos, descobrindo-se uma «nova vocação que nos últimos anos tem sido aprofundada».

Hoje, é visto como um vinho diferenciado: «tem menos álcool, é mais fresco e tem personalidade própria que lhe é dado pelas castas tradicionais: o loureiro, o alvarinho, o azal, nos brancos, ou o vinhão, nos tintos», explica Manuel Pinheiro. Nos últimos anos, porém, a renovação da vinha tem influenciado a própria paisagem do Minho, com a transição da plantação de vinhas em redor dos terrenos para a criação de vinhedos em mancha contínua. Assim é o novo corpo desta região, feita de muitas almas e histórias, das quais fomos ao encontro, em vários pontos do Minho.

A Quinta da Covela, em Baião. (Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

 

A lei que criou regiões
As regiões dos Vinhos Verdes e do Dão são as mais conhecidas (e de maior expressão, em área) que celebraram agora a passagem dos 110 anos sobre a demarcação como Regiões Vitivinícolas, mas mais regiões de vinhos foram reconhecidas pelo documento assinado em 18 de setembro de 1908 pelo rei D. Manuel, durante a legislatura de João Franco (posteriormente regulada pelo decreto de 1 de outubro de 1908). Foram elas as regiões de Carcavelos, Colares e Bucelas. Nessa lei, foi ainda reconhecido, para uso oficial, as designações de Porto, Madeira, Carcavelos e Moscatel de Setúbal para os vinhos generosos, entre outras providências relativas à produção e designação de vinhos.

 

Percorra a fotogaleria para conhecer quatro quintas no Minho produtoras de vinhos verdes.

 

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