Viana do Castelo: dormir neste solar histórico é viajar no tempo

Viana do Castelo: dormir neste solar histórico é viajar no tempo
Casa Melo Alvim. (Foto: Rui Manuel Fonseca/GI)
Com cinco séculos, é o solar urbano mais antigo de Viana do Castelo e celebra em breve 25 anos como hotel. Na Casa Melo Alvim, opta-se entre os quartos com estilo barroco e neoclássico e os novos apartamentos, mais modernos.

Junto ao centro histórico de Viana do Castelo, há motivos para festejar no vistoso edifício manuelino que soma mais de 500 anos de história e que vai assinalar, em breve, 25 anos enquanto hotel. É esta a faceta mais atual da Casa Melo Alvim, o solar urbano mais antigo da cidade, que iniciou como habitação, passando de geração em geração. Há dois anos, chegou a ser considerado Monumento de Interesse Municipal. “Esta casa já é património vianense”, explica Francisco Laranjeira, proprietário.

Pelos dois pisos do edifício, espalham-se vinte quartos duplos e suites, alguns com sala e varanda, onde se exercita a nostalgia, o romantismo e o rústico, com peças de mobiliário e decoração dos séculos XVII e XVIII que mostram a evolução, do neoclássico ao barroco. Os quartos são espaçosos e um inclui uma cama de dossel. O legado dos cinco séculos da Casa Melo Alvim foi respeitado, mantendo-se escadaria e colunas originais à entrada, as antigas namoradeiras em pedra às janelas e até as peças de cerâmica em barro vermelho expostas nas zonas comuns, que foram achadas no edifício, aquando da sua remodelação.

Há dois anos, a vontade de diferenciar a oferta levou à expansão da Casa Melo Alvim, surgindo no edifício vizinho – onde funcionou em tempos um convento – cinco apartamentos com cozinha, sala e casa de banho, decorados de forma mais contemporânea e a pensar nas famílias.

A Casa Melo Alvim celebra 25 anos como hotel. (Fotos: Rui Manuel Fonseca/GI)

Trata-se do solar urbano mais antigo de Viana do Castelo, com cinco séculos de vida.

Também nessa altura, o simpático jardim em forma de L, que contorna metade do hotel, ganhou nova vida, transformando uma antiga fonte numa piscina exterior para adultos e crianças, rodeada de grandes limoeiros e uma recatada esplanada, o local de eleição para banhos de sol nos meses quentes.

O restante tempo passa-se no bar intimista, entre petiscos, vinhos e fotografias que mostram vidas de outros tempos, com retratos de trajes camponeses, pescadores de sargo e Cabeçudos, mas também pelas salas comuns, com sofás, lareiras e livros que contam a história local. Os pequenos-almoços fazem-se entre armários seiscentistas recuperados, na sala onde funcionou o restaurante Porta 93, da chef Mariana Parra Net, e onde abrirá um outro, também focado nas raízes tradicionais da gastronomia.

A filigrana tem uma zona de venda no piso térreo do hotel.

O hotel fica situado a dois passos da estação de comboios.

Quanto às compras, dividem-se entre dois espaços: na pequena vitrine que mostra Vinhos Verdes da região e chocolates artesanais e na loja à entrada com artigos em filigrana da marca I’m Art, de uma criadora portuense com família em Viana. A ourivesaria portuguesa também é homenageada nos quartos, cada um batizado e ilustrado com uma peça diferente.

De resto, a gerência da Casa Melo Alvim está sob a alçada da Unlock Boutique Hotels, que tem outras unidades em locais como Amarante, Grândola e Lisboa, e duas novidades, o Rosegarden House, em Sintra, e a Albergaria do Calvário, no interior das muralhas de Évora.

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