Troia tem um novo hotel com arte urbana e os sabores da região à mesa

No novo The Editory By The Sea Troia Comporta destaca-se este mural da artista Tamara Alves. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
O Aqualuz Troia Lagoa é agora o novo hotel The Editory By The Sea, pensado para adultos e famílias com jovens. A unidade procura promover o que torna o lugar especial: a natureza entre o estuário do Sado e o oceano Atlântico.

É como se a Caldeira de Troia – uma laguna onde a água doce e salgada se tocam – inundasse o átrio do hotel, convocando tudo e todos para as suas marés. Esta obra de arte, que ocupa 100 metros quadrados de parede, foi criada pela artista Tamara Alves e mostra uma figura feminina rodeada por canais de água, feitos com musgo e folhas de videira desidratadas. É este o mote do The Editory By the Sea Troia Comporta: deixar a natureza respirar, sem impôr a sua presença.

A mais recente aposta do grupo Sonae em Troia veio dar uma identidade própria e um posicionamento de cinco estrelas ao antigo Aqualuz Troia Lagoa, mantendo os 132 apartamentos originais, todos com vista para o rio Sado ou para o mar. Estão lá as praias de areia branca e água transparente, o pôr do sol atrás da Arrábida, o canto dos pássaros e as ondas que embalam o sono. Com tanto de belo, o interior remete-se à decoração em tons leves, com o recurso a madeira e cortiça.

Nos apartamentos (que vão do T0 ao T2, com áreas generosas, e aos quais se juntam três suítes), as paredes brancas deixam respirar o azul do rio e o verde dos relvados e há almofadas de burel nas camas e sofás. Todos têm kitchenette equipada com frigorífico, placa de indução, microondas, máquina de café e smartTV, para garantir comodidade e independência. Na tipologia T1 é possível alojar três adultos, ou dois adultos e uma criança até aos 12 anos em sofá-cama.

Em dias de calor como os que se avizinham será prazeroso esticar o corpo ao sol numa espreguiçadeira, após um mergulho na piscina (também há piscina interior aquecida), ou fazer uma caminhada pelos trilhos marcados nas dunas que circundam o hotel. O ginásio funciona 24h e existe ainda uma sala de tratamentos de spa. Para recarregar baterias através do estômago, há que ir ao bar e restaurante Salicórnia, no piso térreo (também aberto aos passantes).

A cozinha, a cargo do chef Fábio Paixão da Silva, seixalense de 32 anos, aposta num casamento entre as gastronomias de Setúbal e do Alentejo. São dele petiscos como o torricado de cupita de porco preto, queijo de Nisa e salicórnia; bolinhos de enchidos com queijo de Alcácer; choco frito à moda de Setúbal; além dos clássicos pica-pau de mertolenga, camarão ao alhinho e ovos com farinheira. O Torrão dá-lhe o pão do couvert e a Comporta o arroz que usa nos tachinhos para dois.

Das quatro opções do chef, destacam-se o arroz malandrinho com lingueirão e as bochechas de porto preto estufadas em vinho tinto da Comporta, de comer à colher. As sobremesas são igualmente uma viagem, entre a sericaia com ameixa de Elvas, o bolo mousse de chocolate com frutos vermelhos da costa vicentina e a torta de Azeitão com gelado da Comporta e um shot de moscatel de Setúbal. Quem preferir pode encomendar pratos da cozinha para levar em regime de take-away.

 

O que fazer à volta
Ruínas Romanas de Troia

As ruínas romanas de Troia, visitáveis sobre passadiços de madeira, correspondem ao maior centro de salga de peixe do Império Romano, tendo dois quilómetros de extensão e 192 tanques identificados. Foram descobertas há 500 anos, tendo a primeira escavação acontecido no século XVIII quando a rainha D. Maria I, ainda princesa, mandou desenterrar objetos para oferecer a vários nobres. Atualmente, só se conhece uma pequena parte do conjunto, e muitas delas, depois de estudadas, são novamente tapadas com areia. O local guarda vestígios de habitações nobres na margem do rio Sado – tão cénicos e importantes, que levaram Hans Christian Andersen a descrever Troia como a “Pompeia de Setúbal” na obra “Uma Visita a Portugal em 1866”. Ali existiram também termas, uma basílica e um mausoléu que os romanos deixaram depois de terem ocupado o território do séc. I ao séc. VI d. C.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend