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The Ivens Hotel: novo cinco estrelas do Chiado tem alma de explorador

The Ivens Hotel, Chiado.

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Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo. Em comum, os dois exploradores e aventureiros partilham um célebre passado que passou pela travessia do continente africano, ligando Angola a Moçambique, pelo reconhecimento dos grandes lagos do Zaire e do Zambebe, pelos mais de 40 dias que estiveram perdidos na selva e pela catalogação de plantas, rochas e espécies animais até então desconhecidas. Mas não só. O presente volta a ligar estas duas figuras portuguesas, sendo a principal inspiração para a decoração e a alma do The Ivens Hotel. Ou não fossem as duas ruas onde se insere o novo cinco estrelas do Chiado batizadas com os dois nomes.

À semelhança do próprio bairro lisboeta, o hotel equilibra o seu lado cosmopolita e elegante com a faceta descontraído. Neste edifício do século XIX, vizinho de moradas como os Michelin Alma e Belcanto ou o Museu Nacional de Arte Contemporânea, a decoração apela à nostalgia, às viagens, ao colonialismo e à natureza. Pelas zonas comuns, mais exuberantes e maximalistas pelas mãos de Lázaro Rosa-Violan, carrega-se na cor e textura, com mármores, veludos, padrões tribais e exóticos e detalhes como cabeças de zebras e felinos a servir de vasos. Mas também há espaço para mobiliário antigo e recuperado, adquirido em leilões, e quadros com mapas e pinturas ligadas à fauna e flora.

Há 87 quartos no The Ivens Hotel. (Fotografias: DR)

O novo cinco estrelas presta homenagem aos exploradores Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo.

Já pelos 87 quartos, estes da autoria de Cristina Matos, a decoração é mais sóbria, apostando-se nos beges, brancos, dourados e verdes, e deixando-se a inspiração exploradora e tribal em detalhes como as carpetes e os papéis de parede, mas também nos livros e revistas de viagens. As altas janelas trazem para dentro a luz de Lisboa em doses generosas e as vistas variam consoante o quarto ou suite, ora para o bairro, ora para o Tejo, para as suites que têm varanda, onde podem dormir até quatro pessoas.

No piso térreo, a viagem continua pelo Rocco, com três zonas distintas, da autoria do grupo Plateform (Alma, Tapisco, Sala de Corte). O Gastro Bar aposta nos petiscos e bebidas ao longo do dia e ao balcão; o Crudo Bar é ideal para fins de tarde, com marisco, ostras, ceviches e champanhes; e o restaurante foca-se nos sabores italianos, na grelha e nas carnes maturadas. É aqui que se provam propostas como a burrata DOP, bife tártaro trufado, salada de lavagante, que serve também um linguine, ravioli de sapateira, polvo na grelha com molho de tomate seco, costeletas de vitela à Milanesa, ossobuco e os risotos, de gambas e espargos ou de cogumelos e parmesão.

As viagens e a descoberta territorial fazem parte do ADN do hotel.

O Gastro Bar tem petiscos e bebidas ao longo do dia.

A exuberante casa-de-banho do restaurante Rocco.

De volta aos pisos superiores, tal como em qualquer zona do hotel, também os quartos servem de ponto de chegada e de partida: nas camas, há sempre cartões com dicas diárias para passear e conhecer locais em Lisboa e não só. A arte de bem-receber nota-se desde cedo, com trufas de chocolate e um cálice de vinho do Porto a dar as boas-vindas em cada quarto.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.