The Art Gate: dormir junto a obras de Vhils no coração de Lisboa

The Art Gate: dormir junto a obras de Vhils no coração de Lisboa
No híbrido The Art Gate, no Chiado, juntam-se noites tranquilas em quartos com obras de artistas como Vhils, galeria de arte contemporânea e um restaurante onde se une, de forma criativa, as cozinhas mexicana e portuguesa.

Um espaço híbrido e diferenciador que junta três universos complementares no mesmo edifício dos anos 1950. É assim que se apresenta o The Art Gate, no coração de Lisboa, no Chiado, com cinco quartos, uma galeria gratuita com exposições de arte contemporânea trimestrais e um restaurante onde se fundem as cozinhas portuguesa e mexicana, estas duas últimas vertentes abertas a não-hóspedes.

Nos quartos duplos, alguns bastante amplos e a chegar aos 70 metros quadrados, a elegância domina nos tetos com pé alto trabalhados e nos mármores nas casas de banho, junto a janelas altas que permitem a entrada de muita luz natural, ao longo de todo o dia. A pureza dos beges e dos brancos é contrastada ora com o uso das madeiras, tanto em biombos que servem como cabeceiras como nos grandes armários com arrumação para dar e vender. As obras de arte exclusivas de artistas consagrados como Vhils, Daniel Blaufuks, Manuel Caeiro e Pedro Cabrita Reis, fazem-nos companhia e acrescentam garra e pulso aos quartos, alguns com sala e vista para o Convento da Trindade e a Rua Nova da Trindade, com novas esplanadas e recém-pintada de azul.

Há cinco quartos duplos no The Art Gate. (Fotografias: DR)

Os quartos são amplos e incluem sala de estar.

Obras de artistas como Vhils decoram os quartos e as zonas comuns.

A arte, de resto, é o fio condutor deste projeto e isso vê-se logo à entrada, com a galeria que acolhe exposições trimestrais de artistas nacionais e internacionais, e que tem entrada gratuita para qualquer pessoa. A nova exposição “O Tempo Suspenso”, que reúne obras de nomes como André Romão, José Pedro Croft, João Louro, Augustas Serapinas e Céline Condorelli, trabalha a relação entre a consciência do hoje e a projeção do amanhã.

No mesmo piso, pratica-se outra arte, a dos sabores. Quem comanda os tachos é Hugo Candeias, que volta à cidade onde nasceu depois de quatro anos no Hoja Santa, o restaurante de Albert Adrià em Barcelona, detentor de uma estrela Michelin. À cozinha mexicana que ali aprofundou junta-lhe agora a portuguesa, numa simbiose criativa, sem recurso ao receituário tradicional e apoiada nos produtos da temporada, como romã, carne de caça e batata-doce.

O chef Hugo Candeias.

No restaurante do The Art Gate, há um novo menu de degustação outonal.

No novo menu outonal, contam-se pratos como a cavala alimada com molho de salsa e coentros e um crocante feito a partir do pão da Gleba; o esparguete de choco com molho de tinta do mesmo; os corações de frango com um molho inspirado no da cabidela, mas menos ácido; o lavagante com um molho de caldeirada, à base de pimento assado, cebola e cenoura; e a perdiz alentejana com molho de amendoim e noz pecan ralada.

O menu tem 17 momentos ao todo, mas as doses estão bem afinadas. Curioso é provar-se as primeiras propostas, quatro cocktails de autor fora da caixa na forma e no conteúdo, ainda no espaço da galeria. No restaurante, de resto, pode optar-se entre comer na grande mesa redonda que alberga seis a sete pessoas ou na chef’s table, esta dentro da própria cozinha, espreitando o trabalho de Hugo Candeias na primeira fila. A coleção de vinis do chef dá ritmo ao resto do serão.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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