Quinta do Paral: dos vinhos ao novo “luxo silencioso”, entre vinhas, na Vidigueira

A piscina da Quinta do Paral fica junto do The Estate Lounge, o all-day dining do hotel. (Fotografia: DR)
Datada de 1703, a Quinta do Paral, perto de Beja, é agora um hotel de charme com a chancela Leading Hotels of the World. Rodeado por 30 hectares de vinhas e concebido a pensar no novo luxo silencioso, conjuga vinho, gastronomia e hospitalidade honrando a identidade do Alentejo.

As preocupações citadinas ficam para trás à medida que um funcionário leva os hóspedes e as malas num buggy até à casa principal da Quinta do Paral, atravessando um túnel de vinhas da casta moscatel, rodeado por relva e fontes. Surpreendentemente verde e abundante em água, tendo em conta a paisagem estival do Baixo Alentejo, a propriedade ambiciona ser um destino per si, “lugar para se desacelerar, viver o presente e usufruir de uma beleza e conforto únicos”, incentiva Sofia Moreira, a diretora do hotel aberto em junho como extensão da marca de vinho.

A história remonta a sete anos, quando Thomas – o filho do milionário alemão Dieter Morszeck, que fez fortuna com a venda da marca de malas de viagem de luxo Rimowa, fundada pelo avô, à Louis Vuitton – comprou um hectare e meio de vinhas velhas em Vila de Frades. Apaixonado pela região desde o primeiro minuto, Dieter adicionou a sua visão global de negócio e investiu oito milhões de euros na criação deste hotel de charme rural, já com uma adega a laborar em pleno do outro lado da estrada, na qual produzem as 16 referências Quinta do Paral, e azeites.

Com arquitetura e design de interiores assinado pelo gabinete Saraiva & Associados, o projeto recuperou uma casa senhorial do século XIX com dupla escadaria frontal e um pátio andaluz – onde se localizam um T4 e três charm apartments – e converteu devolutos pavilhões agrícolas numa nova ala com restaurante, ginásio, sala de eventos, bar e terraço e três signature suites. Conservaram-se arcadas em tijolo-burro, muros de cal, ladrilhos em terracota e celosias típicas do Alentejo, casando-as com mobiliário em nogueira e obras de David Reis Pinto, nos quartos.

O “luxo silencioso” de que a diretora fala assenta “na simplicidade e nos detalhes” escondidos nos 22 quartos: portas-chaves em couro; amenities Amouage com perfume natural de sândalo; colunas bluetooth; máquina de café com blend exclusivo 100% arábica com origem no Brasil e torrado no hotel; chá e infusão de ervas do Alentejo da Infusões com História; lençois e toalhas da Lameirinho; e a possibilidade de os hóspedes levarem ou requisitarem um mordomo para as refeições e experiências. Nem o céu é o limite, já que o hotel tem o próprio avião Pilatus PC12.

Na vertente gastronómica, dividida entre o The Wine Restaurant, o The Estate Lounge e o The Grape Rooftop, o hotel contou com o chef alentejano José Júlio Vintém, do Tombalobos, como consultor. Produtos regionais, da época e algumas frutas e hortícolas cultivados em regime de agricultura biológica são garantidos nas receitas, quer das refeições ligeiras da piscina, quer no restaurante equipado com vinoteca. Nos tempos livres, os hóspedes podem provar vinhos, ter um jantar privado, fazer uma oficina de cozinha, um piquenique e passear a cavalo e de balão.

 

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Mapa da ficha ténica
Morada
Vidigueira (Beja), Alentejo
Telefone
284 441 620
Custo
(€€€) Provas de vinho, sob marcação, das 09h às 17h, exceto domingo. Quarto superior a partir de 450 euros/noite, com pequeno-almoço.


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




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