Quinta da Veiga: Um lugar de aconchego no coração do Douro

A Quinta da Veiga, em Covas do Douro, é uma casa de família, onde não falta conforto. (Fotografia: Pedro Granadeiro/GI)
A Quinta da Veiga é uma casa de família, decorada ao pormenor por Maria do Céu, a proprietária. Em cada recanto mostra o seu amor pelo Douro e as memórias das suas viagens, que enchem as salas de peças orientais.

Nenhum quarto da Quinta da Veiga é igual a outro, e disse se certificou Maria do Céu, a matriarca desta quinta de família, adquirida em 1986. «A única coisa que todos têm em comum é um quadro do Douro», garante. Apaixonada pela região, onde nasceu e cresceu, foi recuperando a propriedade aos poucos. Primeiro as vinhas, depois a adega, e por fim a casa, já em 2007.

As oito suítes estendem-se por um longo corredor de paredes adornadas com pinturas da paisagem duriense. São o prefácio para a bela surpresa que todos guardam ao entrar, uma vista desafogada sobre o Douro e as encostas da margem esquerda do rio.

Descendo ao piso térreo encontram-se dois antigos lagares em pedra, convertidos em salas mais recatadas e acolhedoras. «Muita gente vem para aqui por causa do sossego, para trabalhar ou simplesmente ler um livro», nota Maria do Céu.

Visitando a casa, sala após sala, parece cada uma ter mais para admirar do que a anterior. Abundam tapeçarias, vasos chineses, baús, armários, cadeirões e outros móveis e peças vindas do Tibete, Índia, Macau… «É uma mescla entre peças portuguesas e orientais que foram sido adquiridas pela família ao longo dos anos», explica a proprietária, que viveu 12 anos em vários países da Ásia.

À decoração juntam-se aguarelas assinadas por Nuno Barreto, algumas das quais também figuram nos rótulos da quinta. Por marcação, os hóspedes podem visitar a adega da propriedade, localizada a alguns metros da casa principal, e provar os vinhos ali produzidos, a saber: Murzelo, Casa das Mouras e Cerro das Mouras.

Na última sala, a mais recente, são servidas as refeições, sob um teto adornado com barricas de madeira. Ao pequeno-almoço há oportunidade de provar as compotas caseiras feitas com os frutos colhidos na propriedade. E logo depois passar ao amplo terraço debruçado sobre o vale, que convida a desfrutar da tranquilidade do rio, e a refrescar nos dias mais quentes, com um mergulho na piscina incrustada no vinhedo.

Comer
Por marcação também são preparados almoços e jantares para os hóspedes, com comida tradicional e caseira, sempre acompanhada dos vinhos da casa. Mas quem preferir outro tipo de experiência gastronómica, a dois passos dali encontra o restaurante Conceitus, na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. Ali é o cliente quem cria o seu próprio menu de degustação, com três ou cinco momentos, preparados pelo chef André Carvalho. O restaurante também está associado ao movimento slow food, que privilegia os produtos e fornecedores locais.

Cheesecake de cerejas do restaurante Conceitus (Fotografia: Artur Machado/GI)

 

Passear
Observação de aves, passeios pelas vinhas e percursos pedestres são algumas das atividades para fazer ao redor da quinta. Para um passeio mais longo, a cerca de 30 minutos dali encontra-se o Miradouro de São Leonardo de Galafura, um dos mais afamados da região, e cujo encanto foi imortalizado nas palavras de Miguel Torga, que descreveu a paisagem como “um excesso de natureza”.

Miradouro de São Leonardo de Galafura (Fotografia: Artur Machado/GI)

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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