O Paço, em Tomar: estar num hotel como em casa

O Paço, em Tomar. (Foto: Maria João Gala/GI)
A vista para o Castelo de Tomar poderia ser o bastante para convencer quem duvidasse do local. Mas há a piscina e todo o espaço exterior, há um restaurante que convida, e ainda há passeios de barco na albufeira de Castelo de Bode.

Das muitas vidas que a casa d’ O Paço já teve, talvez seja esta a que mais terá para partilhar com a cidade, e dali para o mundo. Tomar ganhou este “alojamento exclusivo” no verão anterior à pandemia, numa altura em que o turismo crescia a olhos vistos e a cidade dos templários sentia necessidade de aumentar a oferta hoteleira. Rui Gomes e Helena Honrado sabiam disso. E nas voltas que a vida (lhes) deu acabaram por mudar de ideias quanto mais um projeto de vida comum.

“Ao princípio pensámos nela para ser uma casa de habitação. Mas depois tudo se encaminhou para se tornar numa unidade hoteleira”, conta Rui, numa altura em o projeto já cresceu: na primavera deste ano foi inaugurado o BelPaço, um restaurante que responde bem aos anseios dos hóspedes, mas também ao público em geral.

O Paço obedeceu a um trabalho de recuperação minucioso, que passou por pensar cada detalhe por forma a fazer sentir “em casa” quem escolhe esta acomodação. Rui Gomes joga ali duas cartas decisivas na hora de escolher um lugar para ficar (quando a ideia é fugir de grandes lotações): “a exclusividade, a localização, a exposição solar”. Tomar é uma cidade naturalmente luminosa, mas vista a partir d’O Paço a vista parece refletir ainda mais todo o peso da história, ao olhar diretamente para o imponente castelo.

Existem seis suites n’O Paço, em Tomar. (Fotografias: Maria João Gala/GI).

O hotel veio dar nova vida a um edifício que se encontrava inativo.

Em cada uma das seis suites cada detalhe foi pensado ao pormenor. O edifício foi muitas coisas, mas há perto de 25 anos estava vazio e inativo. Por isso o desafio de o tornar numa unidade hoteleira acolhedora, com um espaço exterior convidativo, foi ainda maior.

A sina de Rui Gomes parece ser esta, a de responder ao que o destino (lhe) prepara. Depois de inaugurado O Paço, quem lá ficava começou a pedir um serviço de pequeno-almoço, e entretanto havia um edifício contíguo que, por sua vez, “pedia” para ganhar nova vida. Foi assim que nasceu o BelPaço. Na verdade, ainda cheira a novo. Abriu portas em maio, pela mão do chef Sérgio Fernandes, que muito se inspira na “comida da avó”. É de cozinha tradicional que se faz a carta deste espaço, onde não faltam a sopa de feijão e couve, as petingas fritas, o pote de vitela com molho de bruxa, a sopa de ossos, o arroz de polvo.

A vista desafogada para a cidade e o castelo.

O Paço fica situado na Rua Voluntários da República.

Mas a fusão do passado com um registo mais vanguardista desemboca em opções como o patê de beterraba ou o cogumelo com queijo da ilha, as entradas que fazem sucesso por ali. Nas sobremesas não podiam faltar as célebres fatias de Tomar. Filho do pasteleiro do hotel Templários durante meio século, o chef Sérgio quis levar para o Belpaço a história da terra e da família. E agora conta-a à mesa, todos os dias.

Passeios de barco
A mais recente aposta de Rui Gomes é proporcionar aos hóspedes a possibilidade de conhecerem toda a albufeira de Castelo de Bode. Aluga o barco ao dia (350 euros, 7 tripulantes), e dali é possível navegar para qualquer lugar.

 

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