A fachada branca, debruada a amarelo ocre típico do Alentejo, destaca-se de forma discreta na pouco movimentada rua de Santo António, no centro da vila de Mora. A casa data do final do século XIX e pertencia a uma família nobre de agricultores, diz Rui Sousa, gestor do Lilases Boutique House & Garden. Foi recuperada até ao mais ínfimo pormenor e transformada neste alojamento local de charme, com 16 quartos e suítes, espaço de refeições, piscina exterior, jardim e vista para a planície vizinha.
Do terraço envidraçado com chão em mosaico avista-se o casario em primeiro plano e logo depois o curso do rio Raia e os campos de amendoeiras que rodeiam a vila, até a perder de vista. É aqui que se serve o pequeno-almoço, sem hora marcada, feito pela chef Maria José, ao estilo de um brunch para todo o dia, em que há iogurte natural com granola caseira, pão de massa-mãe e sumos de fruta do dia, entre outros clássicos matinais elaborados com produtos de fornecedores próximos.

(Fotografia: DR)

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Em resposta à vontade de uma refeição a meio do dia, o menu propõe saladas, gaspacho e tábuas de queijos e enchidos, acompanhadas de vinhos de adegas da região. “Prevemos, a partir de outubro, começar a servir também jantares”, adianta o gestor do Lilases Boutique House & Garden. Conforme os momentos do dia, a casa ganha diferentes ambientes. A luz entra abundantemente pelas divisões, iluminando os frescos, lambris e tetos altos da Sala das Musas e da Sala das Quatro Estações.
Os quartos distribuídos em três pisos são igualmente ricos em detalhes decorativos. Os premium têm varandas sobre a planície; as três suítes homenageiam os lilases, glicínias e tílias que dão cor à casa e ao jardim; e as mansardas têm uma pequena varanda que proporciona a vista mais elevada sobre a encosta. Amenities da marca portuguesa 1850 à base de funcho, amêndoa e figo, camas com lençóis de algodão egípcio de 300 fios e televisões inteligentes asseguram o conforto e luxo modernos.

(Fotografia: DR)

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A hospitalidade do Lilases Boutique House & Garden não se faz sem uma ligação à comunidade, explica por último Rui Sousa, gestor hoteleiro com 30 anos de carreira. “Queremos que as gentes de Mora se sintam representadas”, conta, revelando que toda a equipa é local e algumas loiças foram fabricadas à mão na única olaria ativa no concelho. A produção do mel biológico do pequeno-almoço também pode ser visitada com a empresa White Flower Tours, entre outras atividades turísticas.
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