Novo Sublime Lisboa: dormir num palacete com o charme de outros tempos

Sublime Lisboa (DR)
Uma versão mais citadina do Sublime Comporta, com passado lisboeta e sabores italianos, é o que propõe o Sublime Lisboa, nas Amoreiras. Um convite a dormir num palacete frequentado, em tempos, por espiões e boémios.

Lisboa sente-se, de várias maneiras, na decoração do Sublime Lisboa, o novo hotel de cinco estrelas do bairro das Amoreiras. O padrão da bandeira, que também se encontra em alguns desenhos da calçada portuguesa da Baixa, adorna a alcatifa das escadas que interligam todos os pisos e corredores deste palacete do século XX, mas não é só de estética que se fala neste projeto. Fala-se de história também, ou não tivesse o edifício sido testemunha de vários períodos marcantes do país.

Segundo os responsáveis pelo hotel, as paredes condensam “mais de 100 anos de legado” e remetem para o tempo em que as Amoreiras se tornaram um bairro burguês com casas palacianas inspiradas nas da aristocracia, na viragem do século XX. Até ao início dos anos 40, acolheu o Clube Japonês – “uma comunidade nipónica que cresceu na capital no início da Segunda Guerra Mundial”, já que o país se manteve neutro no conflito – com diplomatas, homens de negócio e militares a frequentaram-no.

(Fotografia: DR)

No final dos anos 60, a casa viu figuras da alta sociedade internacional – como Aga Khan, Audrey Hepburn, Gina Lollobrigida e Agnellis – cruzarem-se com rostos do meio artístico lisboeta, como o poeta Ary dos Santos, opositores ao regime e gente boémia. O restaurante “O Candelabro”, integrado no edifício e gerido pela artista Simone de Oliveira, foi um desses animados pontos de encontro. Ultimamente, havia funcionado ali o reputado atelier de arquitetura Costa Lopes Arquitetos.

Apostando na conservação deste cenário, o grupo projetou uma “versão urbana” do Sublime Comporta, integrando candeeiros em ráfia, fibras naturais e plantas para fazer a ponte entre ambos. Os 15 quartos e suítes têm áreas pensadas de acordo com o Feng Shui e paletas de cores diferentes, em diálogo com o padrão de papel de parede que atravessa todos os corredores. Já a fachada original, os tetos altos, lambrins, estuques e a escadaria emblemática foram mantidos e restaurados.

No piso térreo, com entrada independente e esplanada coberta, funciona o Davvero. Inspirado em espaços como o Cipriani (em Nova Iorque) e o Harry’s Bar (Veneza), tem uma cozinha que honra os clássicos, sendo executada pelos chefs Isaac Kumi, Pedro Calhau e Mauro Abignente, sob a visão do chef executivo Hélio Gonçalves. Uma viagem de norte a sul de Itália ao sabor de pratos como baccalà mantecato, tagliolini gratinado com cogumelos e melanzane (beringela) alla parmigiana.

Aos domingos, o Davvero serve o Bellini Brunch, com bellinis incluídos durante toda a refeição: seleção de queijos, charcutaria e focaccia, grissini e roll; vitela tonnato; tagliolini gratinado com cogumelos; escalopes de vitela com molho de limão e puré de trufas; entre outros pratos e sobremesas. Em formato regular, o pequeno-almoço é servido à mesa e pode ser tomado no quarto sem custo extra. A pedido, os hóspedes podem ainda frequentar ginásios e spas em parceiros próximos do hotel.

(Fotografia: DR)

 

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