No renovado hotel Casas da Lapa há vista e sabores de montanha – e uma cascata

Uma das piscinas do hotel Casas da Lapa, na aldeia de Lapa dos Dinheiros, em Seia. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI).
A aldeia de Lapa dos Dinheiros, no concelho de Seia, ganhou novos motivos de visita com a reabertura do hotel de montanha Casas da Lapa, totalmente renovado e que até tem uma cascata natural.

Após entrar pela aldeia numa estrada sinuosa e apertada, eis que surge o nome Casas da Lapa numa parede branca, qual recompensa depois da viagem. Largadas as malas no quarto, nada melhor que fazer o reconhecimento deste hotel de montanha, maior por dentro face àquilo que se vê de fora, onde impera a pedra granítica, a madeira e o ferro. O som da água dita o caminho e leva até uma cascata abundante, a lembrar que na Serra da Estrela água é um bem que não falta.

Tampouco vistas largas. Seja das piscinas exteriores em patamares com sombras e espreguiçadeiras (uma para crianças e outra para adultos), seja dos terraços e varandas da maioria dos 15 quartos (oito deles suítes), observa-se a imensidão dos vales, o recorte das serras do Caramulo e do Açor e Espanha, em dias de horizonte limpo. Quando o sol se põe e veste a aldeia em tons dourados, apetece ficar sentado numa poltrona a ler ou tomar um banho de imersão com vista, um luxo permitido pelas spa suítes.

O hoje é resultado de um grande investimento, ultimado mesmo antes do primeiro confinamento. O início da história remonta a 2001, quando Nuno e Maria Manuel Silva, professora de ciências farmacêuticas em Coimbra, trouxeram de Itália a ideia de criar um agroturismo em Lapa dos Dinheiros, terra natal do engenheiro civil. O hotel abriu em 2005, com uma casa, e foi crescendo até à formulação atual, a que se juntam um T2 e um T3 das Casas do Soito, umas ruas acima.

A premissa foi conjugar o charme rústico das casas, mantendo a pedra sempre que possível, com uma arquitetura e design de interior contemporâneos e quase minimalistas, sem descurar o conforto. Outro dos trunfos é o leque de serviços disponíveis: massagens de aromaterapia com mais de 50 óleos essenciais da marca belga Pranarom; sessões de sauna e banho turco (este último temporariamente encerrado); e mergulhos na piscina interior aquecida.

Muito apetecível para se estar sem olhar as horas é também a biblioteca, que além de ter livros e obras de arte de autores portugueses pertencentes à coleção do próprio casal, esconde uma sala de leitura com teto em cúpula ogival. Antigamente, chamavam-lhe “buracas” por serem uma espécie de grutas escavadas na rocha por baixo das casas dos vizinhos, para salgar carnes ou guardar utensílios. Para tomar o pequeno-almoço servido a partir das 09h e sem hora de terminar, há que ir ao restaurante.

Aí, brilha o chef bracarense Tiago Gonçalves, de 21 anos, e que demonstra uma admirável maturidade na elaboração de pratos de autor com base em produtos portugueses e sazonais. O jantar é servido em formato de menu de degustação com cinco momentos e requer uma escolha prévia entre carne ou peixe para prato principal. No copo, brinda-se com espumante da Bairrada, produzido também pelos proprietários.

+ O que fazer perto

Sabores regionais
Em São Romão, a 12 minutos de carro do hotel, encontra-se o restaurante Margarida, equipado com uma nova e agradável esplanada. Na carta de sabores regionais destacam-se o cabrito assado e o bacalhau à Margarida com broa de milho e amêndoa.

Rota da Caniça
Os amantes de caminhadas têm várias rotas para percorrer nas aldeias de montanha. Uma delas é a da Caniça, com quase sete quilómetros circulares (começa na Igreja Matriz de Lapa dos Dinheiros) e nível “algo difícil”. Passa por uma praia fluvial.

 

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Artigo originalmente publicado na edição de 21 de maio de 2021 da revista Evasões.




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