No Praia do Sal, em Alcochete, mergulha-se entre salinas e flamingos

A piscina de rebordo infinito do resort tem vista para a Praia dos Moinhos, em Alcochete. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
O Praia do Sal é um retiro de bem-estar em Alcochete, a poucos minutos de Lisboa. Tem salinas e flamingos por perto, spa, restaurante e uma piscina sobre o rio Tejo.

Em dias de horizonte limpo, o pôr do sol tinge a piscina de rebordo infinito com os seus tons alaranjados e encerra o momento mais marcante da estada no Praia do Sal. Este resort do grupo StayUpon (que também tem o UponLisbon, em Lisboa) localiza-se na Praia dos Moinhos, muito procurada por praticantes de kitesurf e windsurf, e tem recantos que, de facto, parecem transportar os hóspedes para um destino asiático, apesar de estar na margem sul do rio Tejo, à porta de Lisboa.

Tendo as Salinas do Samouco (ativas e visitáveis) como vizinhança, é fácil entender a escolha da palavra sal para o nome. Porém, mais do que um pormenor, este é um dos ativos do hotel, sendo utilizado no tratamento “grão de sal”, uma esfoliação que hidrata e remineraliza o corpo. O arroz é outro dos produtos utilizados, desta feita na massagem “delicadeza do arrozal”, que assenta numa técnica asiática milenar com base nas suas propriedades antioxidantes, para retardar o envelhecimento da pele.

O spa tem também sauna, banho turco, hidromassagem, piscina interior e duche de contraste, e o ginásio, aberto em permanência, é o primeiro em Portugal equipado com máquinas NOHrD, construídas artesanalmente com madeira e que funcionam sem eletricidade. Quem quiser explorar o caminho ao longo da praia ou passear até às salinas que distam 15 minutos pode ainda usar as bicicletas que o hotel disponibiliza, numa lógica de promoção da mobilidade amiga do meio ambiente.

O alojamento do Praia do Sal é feito em 160 apartamentos de diferentes tipologias (T0 a T3), sendo que os maiores têm kitchenette totalmente equipada. Já a oferta gastronómica dá pelo nome de Omaggio (“homenagem” em italiano), restaurante aberto também a quem chega de fora e que conta com uma esplanada virada para o pôr do sol. A carta vai das pizas napolitanas com massa de fermentação lenta às pastas frescas e não esquece as burratas, risotos e outras especialidades italianas.

Recorde aqui o roteiro da Evasões pela vila de Alcochete.

 

 

O que fazer à volta

Salinas do Samouco

As Salinas do Samouco ocupam 360 hectares, ricos em biodiversidade. Os seus trilhos podem ser percorridos a pé ou de bicicleta e formam apenas uma parte da visita, pois além de ser possível assistir à rapação do sal, dentro do parque há mesas de piquenique e instalações para fazer atividades pedagógicas, como a anilhagem de aves. “Estima-se que entre 120 a 200 mil aves vindas do norte utilizam esta rota do Atlântico Este e invernam aqui para se alimentarem e descansarem. Até hoje foram identificadas 203 espécies dentro das salinas, sendo que a melhor altura para ver flamingos é entre agosto e março”, revela o ornitólogo André Baptista. As salinas foram fundadas no século XIII e nos anos 40 do século XX atingiram o seu pico de produção, tendo entrado em declínio a partir dos anos 1950 com as fábricas de secas de bacalhau. Hoje, estas salinas são um museu vivo daquele que chegou a ser o maior núcleo produtor de sal no país.

(Fotografia de Paulo Spranger/GI)

 

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