Neste hotel de charme cabe todo um mundo encantado

A Casa da Ínsua é o único hotel português integrado na rede espanhola de Paradores de Turismo. Fotografia: Pedro Granadeiro / Global Imagens
Na Casa da Ínsua, solar do século XVIII convertido em hotel de cinco estrelas, com produção própria de vinho, azeite ou queijo da serra, todos os elementos têm uma história para contar. Vale a pena conhecer este hotel de charme com jardins, queijaria e um núcleo museológico.

Entrar na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, é mergulhar num mundo encantado, feito de árvores majestosas, jardins e aves cantantes, um corredor de buxos e lugares com nomes poéticos, como Tanque dos Jarros ou Cruzamento das Quatro Virtudes. Na receção, continua o deslumbramento com cada pormenor, da grande lareira ao teto, que parece de madeira, mas é de gesso moldado e pintado à mão. Gonçalo Alves, assistente de direção, faz de cicerone. Há muito para ver, e o menor elemento conta uma história.

Fotografia: Pedro Granadeiro/GI

Foi na segunda metade do século XVIII que se construiu o edifício (hoje Imóvel de Interesse Público), em torno de uma capela preexistente, na povoação de Ínsua. O fundador foi Luís de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, que esteve no Brasil como governador e capitão-geral de Cuiabá e Mato Grosso, nomeado pelo Marquês de Pombal.

Mais recentemente, o Solar dos Albuquerques, de estilo barroco, foi convertido em hotel de charme pelo Grupo Visabeira, sendo o único, em Portugal, a integrar a rede espanhola de Paradores de Turismo. Este cinco estrelas tem 30 quartos, de diferentes tipologias, e cinco apartamentos (T1 e T2). Na casa mãe ficam as suítes decoradas com mobiliário mais rústico, como a suíte dos milagres, com um terraço de onde se vê a torre de Nossa Senhora do Castelo. Reza a lenda que uma senhora que vivia na casa adoeceu e, de tanto olhar para lá e rezar, curou-se.

Mesmo sem ficar alojado, pode-se visitar os jardins, o núcleo museológico (de acesso livre para hóspedes) e a casa, com vários espaços dignos de nota. Um deles é o salão onde a família lia e ouvia música, com 14 tipos de madeira no chão e tetos em que estão representados os signos do zodíaco e três estações do ano – o inverno, indesejado, ficou de fora.

Há ainda a sala do telefone, a lembrar que esta foi das primeiras residências a tê-lo; a cozinha branca, com uma claraboia e várias peças originais, usadas há mais de 240 anos; ou a cozinha de fora, munida de um sistema de guindastes, para suportar as enormes panelas – em tempos, a casa foi praticamente autossustentável e empregou mais de 300 pessoas.

O edifício insere-se numa propriedade que continua a ter produção própria de azeite, vinho do Dão, maçã Bravo de Esmolfe ou queijo Serra da Estrela – o hotel tem cerca de 150 ovelhas de raça bordaleira, um pastor ao seu serviço e queijaria.

Também existe um restaurante, cuja cozinha é dirigida pelo chef Paulo Cardoso, salões para eventos, piscina. Mas o que realmente se destaca, lá fora, são o jardim inglês, com árvores de grande porte, incluindo um eucalipto com mais de 50 metros; e o jardim francês, colorido por camélias de 32 tipos, na primavera. Nem falta um lago com um cisne.

Loja com produtos próprios

A Casa da Ínsua tem uma loja com os seus produtos (queijo serra da estrela, vinho, azeite, doces…), e ainda cerâmica das marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro. Funciona todos os dias, das 09h às 17h30.

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