Na Casa a Tia Amália dorme-se com vista para Mértola em ambiente mourisco

Na Casa a Tia Amália dorme-se com vista para Mértola em ambiente mourisco
Da Casa da Tia Amália parte-se à descoberta de Mértola. (Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)
Este alojamento erguido na margem esquerda do Guadiana oferece vistas desafogadas para a vila. Lá dentro é acolhedor e meio alentejano, meio mourisco.

A bisavó de Marta Cruz, Amália da Encarnação, foi a primeira mulher a exercer o direito de voto na vila de Mértola. É grande a história da família e do espaço, antiga estalagem. O nome do alojamento, Casa da Tia Amália, presta-lhe uma homenagem, explica Nelson Margarida. Mas é preciso recuar seis anos para perceber como chegámos até aqui: aproveitando o boom turístico que o país atravessava, Nelson e Marta decidiram pegar no edifício, na altura quase ruinoso, e recuperá-lo com vista a abrir um alojamento bed & breakfast. As acomodações dividem-se em dois edifícios, ambos na pequena aldeia piscatória de Além-Rio. No edifício mais recuado face à margem, de dois pisos, existem seis quartos (quarto de casal com casa de banho privativa; um dormitório de quatro camas em beliches e um quarto duplo twin com casa de banho partilhada). A decoração, de traços alentejanos e mouriscos, ficou a cargo de Marta e prima pelas mobílias em madeira e verga. Há pormenores originais, como um sofá feito a partir dos ferros de uma antiga cama, colocado à frente de uma lareira na sala comum.

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

Nos quartos da segunda casa – a Casa Amarela -, em cima do rio, onde também funciona um restaurante, as áreas generosas e as linhas decorativas mantêm-se. Quando se abre as janelas de par em par, a reação só pode ser de deslumbramento, tal não é uma vista desafogada que se tem para toda a vila amuralhada de Mértola. E, à noite, para o céu estrelado que só existe no Alentejo.

 

+ onde comer

Terra Utópica
A varanda com vista privilegiada para as margens do Guadiana agrada a todos, mas no Terra Utópica a comida também fala por si. Desengane-se, porém, quem for lá em busca de especialidades alentejanas. Nadia Anghel, há quatros à frente do espaço, apostou em comida mediterrânica (feita pela mãe) e nos vinhos da região. A decoração do espaço destaca-se por ter objetos de vários países.

 

e onde passear

«Vila-museu»
Toda a vila de Mértola é um museu a céu aberto, lugar de uma das mais complexas heranças históricas e culturais do Alentejo. Percorrê-la a pé torna-se, por isso, a melhor forma de o descobrir. Entre os lugares de passagem obrigatória contam-se o castelo, a igreja matriz, a torre do relógio e a torre do rio. Para melhor compreender o passado que as ruínas escondem pode-se visitar os museus da vila, como o Museu de Arte Islâmica, que expõe objetos arqueológicos como cerâmicas e metais, e onde é exibido um vídeo que mostra as semelhanças entre a cultura árabe e a portuguesa, no Alentejo.

(Fotografia de Reinaldo Rodrigues/GI)

 

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