Irreverência e uma ode ao mar no Mama Shelter, novo hotel alfacinha

Mama Shelter Lisboa. (Foto: Francis Amiand)
Entre o Príncipe Real e a Avenida da Liberdade, o novo Mama Shelter soma 130 quartos, um amplo restaurante, rooftop e o equilíbrio entre um espírito garrido e uma homenagem ao nosso legado marítimo.

A marca surgiu na capital francesa há quase uma década e meia, pelas mãos de uma família, os Trigano, e estendeu depois a sua presença em cidades como Los Angeles, Londres, Belgrado, Rio de Janeiro, Roma ou Marselha, entre outras. Agora, o novo Mama Shelter Lisboa, situado a meio caminho entre o Príncipe Real e a Avenida da Liberdade, torna-se na primeira casa em território ibérico. “Lisboa é a cidade do momento”, explica Henrique Tiago de Castro, diretor-geral do hotel que soma oito pisos de camas, 130 quartos, um restaurante e um rooftop que ficará pronto na primavera.

Aliando uma personalidade irreverente e contemporânea a um piscar de olhos ao passado, a decoração assume detalhes arrojados e divertidos com uma homenagem à portugalidade e ao nosso legado e conquistas marítimas. Por um lado, aposta-se em almofadas e estofados com cores e padrões garridos, em mesas de matraquilhos à entrada do hotel, em tabuleiros de xadrez como tampas de mesas de cabeceira ou em máscaras de super-heróis e vilões da sétima arte e banda desenhada à volta de candeeiros. Por outro, a ligação portuguesa ao mar é evidente nas ondas azuis que marcam os pisos dos quartos e nos peixes que dão vida ao restaurante, tanto nos frescos pintados no teto, como nos peixes e crustáceos em cerâmica de Bordallo Pinheiro. A azulejaria também é homenageada, com colunas revestidas em criações de Viúva Lamego, e a cortiça é o corpo das molduras dos televisores, por exemplo.

O novo hotel lisboeta abriu no Rato. (Fotografias: Francis Amiand)

Há 130 quartos no novo hotel.

Nos quartos, dá-se ainda importância à reutilização, como mostram as mesas cuja base é feita de tampas coloridas de garrafas. Do conforto das camas ou das varandas de alguns dos quartos (duplos ou suites, até quatro pessoas), a vista vai variando, mas é possível, de alguns pontos, olhar para o Tejo, o Castelo de S. Jorge e os bairros alfacinhas em redor. A mesma panorâmica tem o rootfop que chega em abril, com bar e petiscos, e do qual se avista até a Serra da Arrábida.

No piso térreo, onde se situa o restaurante homónimo com jardim de inverno e esplanada, impera a cozinha do chef Nuno Bandeira de Lima (ex-Infame), que aqui vai beber inspiração a várias altitudes. Ainda que seja um espaço amplo onde cabem 300 comensais, entre mesas e balcão, a meia-luz dá-lhe o ambiente acolhedor necessário. Para provar, há saladas de bacalhau fresco (15€) e de queijo de cabra frito (13€); polvo grelhado com húmus, couve pak choi, pinhões e paprica (19€); tártaro de novilho com hóstia de camarão e ovas de tobiko (12€); ceviche de peixe branco (12€); o mac & cheese da casa (15€); Black Angus grelhado (28€); frango do campo assado ou pizas ao estilo napolitano. Dentro ou fora de refeições, dá para picar um petisco e beber algo – dos vinhos aos cocktails de autor com nomes originais. Caso do António Variações, que junta tequila, mezcal, xarope de agave, puré de pera e canela, sumo de limão e clara de ovo.

O restaurante Mama Shelter Lisboa, no piso térreo do hotel.

O polvo grelhado é uma das propostas do chef Nuno Bandeira de Lima.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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