Eça, Marquês e Gil Vicente inspiram os quartos deste hotel de Lisboa

Eça, Marquês e Gil Vicente inspiram os quartos deste hotel de Lisboa
As noites são de conforto e elegância no Hotel da Baixa, em pleno coração alfacinha. No quatro estrelas da Rua da Prata, na Baixa de Lisboa, o respeito pelo legado nota-se na recuperação de azulejos e frescos e na homenagem a cinco figuras históricas, que inspiram a decoração dos pisos.

Dona Maria II, Gil Vicente, Marquês de Pombal, Eça de Queirós e Pardal Monteiro. Cinco figuras históricas servem de inspiração para os cinco pisos do Hotel da Baixa, cada um decorado de acordo com um destes ilustres do universo da portugalidade. E neste quatro estrelas da Baixa lisboeta, o detalhe não é descurado. Do estilo mais neoclássico no piso de Dona Maria II a um mais austero no de Gil Vicente, à art déco que faz lembrar Monteiro, a um ambiente mais intimista no piso de Eça e às gaiolas pombalinas no papel de parede do piso de Marquês de Pombal.

A Rua é a da Prata, mas a vista é de ouro. O ângulo vai variando, ora para o Castelo de São Jorge, ora para a Praça da Figueira, ora para a do Comércio, e até o Tejo espreita ao fundo, da janela ou da varanda, dependendo de em qual dos 66 quartos se dorme. Destes, 22 podem unir-se e transformam-se em 11 familiares, com capacidade para quatro pessoas.

Cinco figuras históricas inspiram cada um dos pisos do Hotel da Baixa. (Fotografias: DR)

Conforto e elegância são palavras de ordem quando se fala neste hotel, que abriu há um ano, e que tem no legado o seu maior alicerce. Quer seja nos traços pombalinos, na recuperação de alguns elementos do comércio local que ali funcionou no edifício – uma discoteca, um cabeleireiro e uma ourivesaria. Como se nota em gavetas de madeira desta última, usados agora na receção. Ou nos mais de cem discos em vinyl, que qualquer um pode por a tocar no leitor que se encontra na zona de lounge, sentado num dos confortáveis sofás de veludo, e junto a uma lareira e livraria.

O respeito pela história nota-se também no fresco pombalino do século XIX que ali estava e que agora veste a entrada do hotel, recuperado. Outro exemplo – ou três mil exemplos – são os azulejos que se conseguiram preservar e que dão vida aos corredores do Hotel da Baixa.

Assim foi a vontade de Amâncio Dominguez, proprietário. É galego mas chegou a Portugal com apenas sete anos, tendo passado a sua infância ali perto, no Cais do Sodré. Os últimos 39 anos foram dedicados ao universo da hotelaria. Sem planos para abrandar. Para o primeiro semestre de 2020, está prevista a abertura de uma nova unidade ali ao lado, na Praça dos Restauradores. Para já, as atenções focam-se no Hotel da Baixa, onde se sabe dar as boas-vindas. E isso nota-se logo à chegada, onde nos espera uma bandeja de pastéis de nata.

O quatro estrelas abriu há cerca de um ano na Rua da Prata.

 

O azeite como fio condutor na cozinha
No piso térreo, a aposta numa cozinha que apela à memória e às origens dão sabor ao Restaurante do Azeite. A cozinha tradicional portuguesa é o fio condutor, em pratos como o lombo de bacalhau assado com batatinha e cebola confitada; posta mirandesa grelhada, tempura de legumes com maionese de manga, coentros e azeite biológico, sopa de tomate com ovos escalfado ou camarões grelhados com alho dourado e malagueta suave. Tudo bem regado com azeite nacional, que pode ser comprado na loja ao lado do hotel, a O’Live. Uma dica: antes da despedida, é imperativo provar as leves e fofas pérolas brancas – leia-se farófias – com creme de baunilha e limão.

O Restaurante do Azeite fica no piso térreo do hotel e tem entrada direta pela Rua dos Correeiros

O Restaurante do Azeite fica no piso térreo do hotel e tem entrada direta pela Rua dos Correeiros.

 

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