Vila Real de Stº. António: dormir com luxo e vista para o Guadiana

Vila Real de Stº. António: dormir com luxo e vista para o Guadiana
O Grand House Algarve é o único hotel de cinco estrelas de Vila Real de Santo António, no Algarve. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)
O primeiro cinco estrelas da cidade recupera o luxo dos anos 1930 em todas as vertentes e enobrece a marginal pombalina do Guadiana. E lá dentro, há um restaurante que leva os encantos do Algarve à mesa.

No topo da fachada ainda se consegue ler «Hotel Guadiana» em letras antigas e coloridas. Durante as obras de reabilitação do prédio ninguém lhe pôde tocar, por ser património municipal, e na verdade nem seria justo apagar da história um dos capítulos áureos da hotelaria de Vila Real de Santo António.

Estamos em 1853, ano em que o catalão Sebastian Ramirez chega à cidade e abre a Ramirez, a primeira fábrica portuguesa de conservas, num dos picos da indústria conserveira vila-realense. Quando o filho Manuel García Ramirez assumiu os destinos da empresa, tomou a iniciativa de mandar construir num terreno da família aquele que seria o primeiro hotel de negócios da região, para alojar empresários de passagem.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

A obra foi encomendada a Ernesto Korrodi, um premiado arquiteto conhecido pela sua estética própria entre a Arte Nova e a composição clássica, e o resultado foi o mais moderno e requintado hotel da região. Um verdadeiro luxo em 1926, estando já equipado com casas de banho e água quente nos quartos.

O hotel funcionou até 2007, com algumas interrupções, até ser votado ao abandono e transformar-se num palácio de pombos. «Estava abandonado há oito anos. Ainda havia chávenas com café seco lá dentro, o livro do check-out ainda estava aberto. Parece que tinham fugido», descreve Marita Barth, diretora-geral do agora Grand House Algarve, aberto em janeiro.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

A entrada é impactante, tomada por uma escadaria que depois sobe, toda ela em ferro, e é apenas um exemplo do extremo cuidado com que preservaram tudo o que o tempo deixou (o mosaico hidráulico, por exemplo, foi salvo pela velha alcatifa do hotel). A decoração ficou a cargo do ateliê White and Kaki, de Almancil, e evoca um estilo colonial e náutico, cheio de requinte e conforto.

Ao todo são 31 quartos – dos quais 15 duplos – e três suítes júnior, de estilo clássico mas leve, e todos eles equipados com um «telemóvel-mordomo» que permite aceder aos serviços do hotel, consultar os menus dos restaurantes, aceder à Internet e fazer chamadas para todo o mundo. Descendo ao bar, no Grand Salon, a atmosfera dos anos 1930 mantém-se, refrescada por cocktails de autor inspirados em figuras e acontecimentos da época.

(Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

No restaurante Grand Salon, que acolhe os pequenos-almoços e os jantares, quem brilha é o chef Jan Stechemesser, alemão de 37 anos rendido aos encantos algarvios. Fruto de uma especial ligação aos produtos locais – como o incontornável atum, o abacate, o tomate e a flor de sal -, chegam à mesa pratos de fine dining dignos de memória, sempre devidamente emparelhados com vinhos. A confirmar ser nos detalhes que assenta a noção de luxo do Grand House.

Grand Beach Club
Neste clube na Ponta da Areia, que é o “braço de praia” do hotel Grand House, a cinco minutos de carro dali, o ambiente é mais descontraído, com comida de partilha, uma piscina, espreguiçadeiras e sunsets.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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