Este turismo rural de luxo é uma varanda para a vila de Arraiolos

Da varanda de um dos quartos vê-se toda a vila de Arraiolos, encimada pelo seu castelo. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)
Neste turismo rural no Alentejo, tanto se pode dormir em quartos como em cabanas de cortiça, sem abdicar do conforto contemporâneo, nem da vista para a vila e castelo de Arraiolos.

Não é em todos os lugares que se desperta embalado pelo chocalhar das ovelhas. No turismo rural Villa Extramuros, a uns breves dez minutos de carro da histórica vila de de Arraiolos, este cenário rapidamente lembra que no campo o ritmo é outro: mais pausado. Corre-se a janela da cabana e as ovelhas lá estão, alheias à nossa presença, a pastar entre as oliveiras.

Ao cenário bucólico juntam-se pequenos luxos, como ter pão fresco à porta. Nesta cabana de 50 metros quadrados, decorada ao estilo «eco-pop» (materiais ecológicos, artesanato do Alentejo e peças de arte e mobiliário dos anos 1960 e 1970) há cozinha, sala de estar, sistema de som, casa de banho climatizada e um alpendre com espreguiçadeiras.

O interior de uma das cabanas de cortiça. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)

São duas cabanas, e a outra está tão distante e camuflada pelo olival que nem se vê. Ao todo, a propriedade onde François Savatier e o companheiro abriram este turismo rural tem 5,5 hectares. Espaço mais do que suficiente para tem construído também uma piscina de “rebordo infinito” (com 14 metros de comprimento e 5 de largura) e zonas de descanso com enormes almofadões, debaixo das oliveiras.

Um dos quartos tem um terraço com um vão sem pilar. O arquiteto dizia que podia cair, mas já houve alguns sismos (devido à falha Arraiolos) e nem uma fenda, brinca François.

As refeições tomam-se na casa principal, branca e de linhas retas, desenhada pelos arquitetos Jordi Fornells Rolf Heinemann da Vora Arquitectura. O pátio com sofás e laranjeiras prende a atenção, sendo ideal para fugir ao calor das tardes e noites alentejanas. E os recantos multiplicam-se entre a sala com lareira e a biblioteca com livros de design, arquitetura, pintura, moda, urbanismo e decoração que François começou a juntar há 20 anos.

O pátio interior da casa. (Fotografia de Orlando Almeida/GI)

Entre tantas e coloridas peças de design, destaca-se uma aparente estante vermelha, que na verdade era o banco de um autocarro marroquino. François comprou-a em Lisboa e teve a ideia de usá-la como prateleira, à entrada, para vender produtos regionais como azeite, utilitários de cortiça e vinhos.

No piso superior ficam os cinco quartos que se juntam às júnior suites das cabanas. Sempre com vista para a planície Alentejana, especialmente no terraço, têm uma decoração mais minimalista e os benefícios da cortiça em relação à temperatura e sonoridade. A cabine de duche é em mármore de Estremoz.

Num dos quartos duplos, o terraço é uma obra notável de engenharia. Trata-se de um vão de parede sem pilar, qual écrã sobre a planície de Arraiolos. «O arquiteto não acreditava neste vão», dizia que podia cair, mas já houve alguns sismos (devido à falha Arraiolos) e nem uma fenda, brinca François Savatier.

 

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