Dos Reis Beautique Hotel: novas camas que homenageiam a diversidade da Almirante Reis

Dos Reis Beautique Hotel. (Fotografia: DR)
Com mais de 50 quatros, o Dos Reis Beautique Hotel é o novo quatro estrelas da Almirante Reis e brinca com a ideia de realeza, que aqui é a própria multiculturalidade deste bairro de Lisboa.

O candeeiro escultórico de grande dimensão, logo à entrada do hotel, formado por duas coroas, descortina uma outra visão do mundo da realeza, urbana, eclética e acessível, onde cabem detalhes como graffitis, pombas e a leitura da palavra “reis” em várias línguas. A peça, criada em parceria pelo atelier Nini Andrade Silva e o ilustrador e artista Mário Belém, é o cartão de visita do Dos Reis Beautique Hotel, novo quatro estrelas da Almirante Reis, que pisca o olho ao nome da artéria onde acaba de abrir – antigamente, Avenida Rainha D. Amélia, e depois rebatizada em honra do militar Cândido dos Reis. Mas, acima de tudo, é um tributo à multiculturalidade e heterogeneidade desta zona lisboeta.

“Pensámos em homenagear os reis da avenida, as pessoas todas que vivem aqui, onde há mais de 90 raças. A coroa da entrada é de todas as pessoas que aqui vivem. Deixam as suas terras para vir para Portugal e juntam-se aqui numa grande comunidade. São eles os reis da avenida”, explica Nini Andrade da Silva, designer de interiores do hotel, que é o mais novo de quatro irmãos alfacinhas – junta-se ao Figueira Beautique Hotel, ao WC Beautique Hotel e ao Madalena Beautique Hotel, do grupo The Beautique Hotels, que assinala por estes dias uma década. “Todos estes são hotéis irreverentes e é isso que eu gosto, há muita criatividade. São hotéis que definem os locais onde estão”, adianta Nini.

Há mais de 50 quartos no novo hotel da Almirante Reis. (Fotografias: DR)

No piso térreo funciona um bar e o restaurante Anarchia.

Pelos cinco pisos onde existem 54 quartos, continua a piscar-se o olho a esta ideia de realeza urbana, entre papéis de parede com tetos trabalhados e alcatifas que misturam imagens de coroas elegantes com motivos africanos, felinos e tatuagens. As madeiras naturais, as chapas metálicas, as cerâmicas, os espelhos barrocos em talha dourada e o mobiliário de época ajudam a criar uma ideia de diversidade, apostando-se ainda em tonalidades como o cinzento e o champanhe. Dos varandins dos quartos, vai-se apreciando o ritmo da própria Almirante Reis e seus arredores, e volta e meia espreita-se o elétrico 28 a passar, ora rumo a Campo de Ourique, ora rumo ao Martim Moniz.

Além de um piso dedicado às salas de reunião – existem três, que podem ser convertidas numa só -, outro destaque do novo hotel lisboeta vai para a não existência de uma receção fixa à entrada. “Quando alguém chega, não tem aquele balcão que intimida. Parece que se está a entrar em casa, isso faz toda a diferença”, conta Nino Andrade Silva.

A estrutura de coroas situada na receção do hotel.

O hotel tem três salas de eventos e conferências.

Também no piso térreo, destaque para o restaurante Anarchia, também local onde se servem os pequenos-almoços. Ao almoço e jantar, é a cozinha italiana que fala mais alto, apostando-se em clássicos deste receituário. Há bruschettas, carpaccios, focaccias, mais de uma dezena de pizas (entre estas a Margherita ou a da casa, com carne a baixa temperatura), tábuas de queijos e enchidos, risotos de gambas ou de cogumelos, bolonhesas, carbonaras e outras massas, além das sobremesas, sem tirar o pé do pedal da tradição: tiramisu, panacotas e gelados, por exemplo. Para apreciar junto ao bar com garrafeira suspensa (a carta vínica tem referências portuguesas e italianas), ou de olhos postos na cozinha, através de uma janela, mas também junto às cerâmicas elegantes e aos livros de arte que enchem as paredes de vida.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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