O antigo apeadeiro de Évoramonte é agora um alojamento rural

O alojamento Casas do Apeadeiro fica localizado às portas da vila de Evoramonte. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)
Nas Casas do Apeadeiro, em Évoramonte, reina a tranquilidade e dorme-se ao som da natureza. O pequeno-almoço é entregue numa cesta, à porta, às nove da manhã.

“Atenção aos comboios. Pare, escute e olhe”. Já lá vai o tempo em que este aviso inscrito na pedra recomendava cautela aos peões no momento de atravessarem a linha férrea, neste ramal da Linha de Évora que antigamente ligava o Vimieiro à estação de Estremoz. Com o serviço de passageiros desativado no início da década de 90, foi desclassificado e permaneceu votado ao abandono até Miguel Conin, com raízes familiares e um agroturismo em Évoramonte, decidir recuperá-lo.

“Estava tudo devoluto”, diz enquanto caminha sobre o perfume da esteva molhada na noite anterior, no meio da paisagem de montado de sobro e azinho. “Ali ficava o cais de mercadorias, e ali era a casa do chefe da estação”, aponta o empresário de 45 anos que se virou para o turismo, ao fim de muitos anos na Portugal Telecom. Com o agroturismo Casas de Santa Rita, criado há quatro anos num monte alentejano, mudou-se para perto da tranquilidade e natureza desta região.

As Casas do Apeadeiro consistem em cinco apartamentos criados dentro do antigo apeadeiro de Évoramonte, do qual o projeto de arquitetura recuperou tudo o que foi possível. O relógio original da estação embeleza uma das esquinas, mas tem os ponteiros parados propositadamente para transmitir a sensação de que ali o tempo dilata. Já a casa número 5 nasceu na antiga bilheteira, mantendo o mosaico hidráulico original, a dialogar com as cores dos azulejos da casa-de-banho.

Todas as casas têm a mesma estrutura: sala de estar com kitchenette equipada (microondas, frigorífico, máquina de café, placa de fogão, torradeira e utensílios), casa-de-banho com vista para os coelhos e raposas que surgem de manhã e uma mezzanine com cama de casal e duas camas para hóspedes até aos 16 anos. No exterior existe um “tanque de refrescamento” para os dias quentes, com sombras reguláveis sobre espreguiçadeiras, e puffs. Em breve, o ramal será uma ecovia.


Baloiçar sobre a planície

O baloiço de Évoramonte, próximo do castelo de formato inusitado, convida a contemplar a paisagem da planície alentejana como nos tempos da infância. Perto, vê-se o nome da terra em letras de madeira, especialmente bonito ao entardecer.


 

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