Casa Villae 1255: um refúgio entre vinhas e floresta, em Sátão

A Casa Villae 1255 encontra-se num planalto de Silvã de Cima, entre o Vale do Pereiro e o Vale do Sequeiro, no concelho de Sátão, com vista para o sopé da Serra da Estrela. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)
Descansar num cenário feito de vinhas e floresta, com tempo para copos e petiscos, caminhadas, yoga e até cerâmica. Eis o que esperar da Casa Villae 1255, na Taboadella, uma quinta do Dão cheia de história - como atesta o lagar romano.

Quem se desloca à Taboadella na perspetiva de descansar, romper com a azáfama do dia a dia, começa a fazê-lo logo na estrada de acesso àquela quinta do Dão, ao olhar as paisagens bucólicas. Chegando ao destino, atravessa as vinhas rodeadas de floresta até pousar as malas, enfim, na Casa Villae 1255, alojamento nascido na antiga casa senhorial de uma propriedade com séculos de história, hoje pertencente à família Amorim. É a faceta mais recente de um projeto de enoturismo que tem entre os seus atrativos a natureza, pela localização num planalto de Silvã de Cima, entre o Vale do Pereiro e o Vale do Sequeiro, no concelho de Sátão, com vista para o sopé da Serra da Estrela.

O alojamento nasceu na antiga casa senhorial de uma propriedade com séculos de história. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)

A propriedade tem vista para o sopé da Serra da Estrela. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)

A nova Casa Villae 1255 (data do registo mais antigo encontrado sobre a propriedade) é reservada por um período mínimo de dois dias, em exclusivo e por inteiro, como se de uma residência de família se tratasse. Com meio ano de atividade, está preparada para acolher até 19 pessoas – que podem confecionar ali as suas refeições ou encomendar esse serviço -, e tem oito quartos, entre eles o da torre, equipado com beliches e pensado para os mais novos. Um pouco por todo o lado, há água, bolachas, frutos secos e demais cortesias, assim como livros e jogos de tabuleiro, que vão bem com o aconchego da lareira.

O quarto da torre, pensado para os mais novos. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)

Há materiais típicos da região, um pouco por todo o lado. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)

O espaço, decorado com obras de artistas (da tapeçaria de João Bruno Videira às gravuras de Daniela Carneiro Lino, passando pelos quadros de Sérgio Amaral), exibe produtos e materiais característicos da região, como peças em burel ou os tradicionais cobertores de papa, tendo o design de interiores ficado a cargo de Ana Vale, do gabinete ABProjetos. E surge como pouso ideal para os amantes de vinho, face a tudo o que existe em volta – da Wine House, misto de sala de provas e loja de produtos regionais, à adega de traços modernos projetada pelo arquiteto Carlos Castanheira, com o seu “Barrel Top Walk”, um passadiço de madeira que deixa ver, em baixo, a sala das barricas.

Sala dos pequenos-almoços. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)

Sala. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)

Sala de jantar. (Fotografia de Luís Ferraz/DR)

Mas, por marcação, os hóspedes também têm acesso a atividades fora daquele universo, conduzidas por diferentes artesãos e formadores. Pode ser uma sessão de yoga, por exemplo, ou uma oficina de cerâmica. Outra possibilidade é desfrutar do ar livre em passeios a pé pela quinta, que conta com vestígios arqueológicos tão curiosos como sarcófagos antropomórficos ou um lagar romano. Este último é ponto de paragem nas visitas guiadas à Taboadella, com cerca de 40 hectares de mancha única de vinha, abrangendo vários micro terroirs. Ali esteve, outrora, uma “villae” romana, e é entre o passado e o presente que se vai fazendo caminho – tendo sempre como pano de fundo o Dão, a primeira região demarcada para vinhos tranquilos em Portugal.

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